A Saraiva demitiu, nesta quarta-feira (20) todos os funcionários de suas lojas físicas e passará a operar exclusivamente como um site de e-commerce. Suas últimas cinco últimas lojas físicas serão fechadas a partir desta quinta (21). As informações são dos colunistas Mariana Barbosa e Rennan Setti, do jornal “O Globo”.
A notícia sobre essas demissões foi inicialmente reportada pelo site especializado “PublishNews” e confirmada por fontes próximas à empresa à coluna.
“Em e-mails internos e documentos enviados no início de setembro e obtidos agora pelo PublishNews, o departamento de recursos humanos da empresa orienta os diretores a encaminhar as cartas de demissão para os colaboradores para que os processos fossem concluídos até esta quarta”, escreveu o site “PublishNews”.
Nos últimos meses, a Saraiva vinha fechando suas lojas físicas rapidamente, com pelo menos 30 fechamentos desde meados de junho. Agora, a empresa mantém apenas cinco livrarias abertas, todas localizadas em São Paulo (4) e em Campo Grande.
“A demissão em massa ocorre às vésperas de uma assembleia em que será votada uma mudança societária no negócio, convertendo ações preferenciais (sem voto) em ações ordinárias (com voto)”, escreve o jornal carioca.
Com o encerramento das operações das lojas físicas, a Saraiva praticamente deixa de existir, já que seu desempenho financeiro no e-commerce tem sido muito baixo.
No segundo trimestre, as lojas físicas geraram uma receita de R$ 7,2 milhões, enquanto o e-commerce registrou apenas R$ 128 mil em vendas ao longo de três meses, o que equivale a apenas R$ 1,4 mil por dia.
Vale lembrar que a Saraiva está em recuperação judicial desde outubro de 2018, quando acumulava R$ 675 milhões em dívidas com 1,1 mil credores, e naquela época, possuía 85 lojas distribuídas por 17 estados brasileiros.
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