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'Sem culpados', diz advogado sobre laudo de acidente com Marília
Família da cantora não compareceu à leitura na Aeronáutica
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB), finalizou a investigação sobre o acidente que resultou na morte da cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas em novembro de 2021. De acordo com o laudo, não houve falhas, e as decisões do piloto não foram consideradas errôneas.
Os cabos da Cemig foram um obstáculo para o avião, mas não houve falha operacional. As torres da empresa foram consideradas preponderantes para a tragédia, e o Cenipa recomendou que a Companhia de Energia de Minas Gerais (Cemig) reforce a sinalização das redes de alta tensão próximas ao espaço aéreo.
“O Cenipa não apontou culpados. A intenção do órgão é criar um ambiente para que situações futuras sejam evitadas”, pontuou o advogado da família de Marília Mendonça, Robson Cunha.
A mãe da cantora, dona Ruth, e o irmão da artista não compareceram à leitura do laudo, somente o advogado.
A queda da aeronave PT-ONJ ocorreu no dia 5 de novembro de 2021, em Piedade de Caratinga, após colidir com um cabo da Companhia de Energia de Minas Gerais (Cemig). Além de Marília Mendonça, estavam a bordo o produtor Henrique Bahia, o assessor Abicieli Silveira e os pilotos Geraldo Martins de Medeiros e Tarciso Pessoa Viana. Todos os ocupantes morreram.
Em novembro de 2022, a Polícia Civil de Minas Gerais afirmou que o acidente ocorreu porque o piloto não seguiu o padrão de pouso do aeroporto de Caratinga. Segundo o delegado Ivan Lopes, que ouviu pilotos que aterrissaram no mesmo dia, o piloto da aeronave saiu da zona de proteção do aeródromo.
A Cemig não estava obrigada a sinalizar a existência dos cabos de energia, uma vez que eles estavam além da zona de proteção do aeródromo, delimitada por um raio de três quilômetros, conforme o delegado.
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