Economia

Tá salgado! Entenda a disparada de preços do azeite

Mercadoria sofreu aumento de 37,76% no último ano

Preço do azeite aumentou 37,76%, apenas no último ano.
Preço do azeite aumentou 37,76%, apenas no último ano. |  Foto: Divulgação / Pexels

O preço elevado do azeite de oliva tem sido um dos assuntos mais comentados entre os brasileiros, nas últimas semanas, e vem assustando consumidores em todo o país. Pesquisa feita pelo Enfoco em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, o produto já ultrapassa a faixa de R$ 40,00. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço do azeite aumentou 37,76%, apenas no último ano.

Um azeite da mesma marca, até antes da pandemia da Covid-19, ainda era encontrado nos supermercados por R$ 20,00. Mas o que está por trás dessa alta tão expressiva?

A explicação, segundo o economista da Universidade de São Paulo (USP) Roberto Troster, está bem longe do Brasil. Isso porque, países como Espanha, Itália e França, que representam mais de 60% da produção mundial do azeite de oliva, ainda sofrem com fatores climáticos, prejudicando, portanto, a produção da safra. Resultado: um produto mais caro para o consumidor.

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Por conta da seca, houve quebra de safra e, consequentemente, a queda das produções. Sendo assim, a mercadoria aumenta o preço, afetando até mesmo a economia do país" Economista, Roberto Troster

Sequelas da pandemia

Em Niterói os preços do azeite variam entre R$35,00 e R$49,00
Em Niterói os preços do azeite variam entre R$35,00 e R$49,00 |  Foto: Foto do leitor

Para o especialista, outro fator que influenciou diretamente os preços foi a pandemia da Covid-19 e a guerra envolvendo Rússia e Ucrânia, principalmente pelos custos de produção associados à agropecuária.

Troster acrescenta que como o Brasil é altamente dependente de importações, produzindo apenas 1% da demanda nacional, por isso o país é impactado.

Em Niterói, os valores do azeite extra virgem, de diferentes marcas, variam entre R$ 35,00 a R$ 49,00. Antes da pandemia, as mesmas mercadorias eram encontradas na faixa de R$ 20,00, ou seja, um aumento em mais de 100%.

E para quem acha que o período de alta nos preços do produto vai passar a curto prazo, o especialista alerta: "A tendência é que os preços continuem nessa faixa. Acredito que, a partir do segundo semestre deste ano e dependendo muito de como virá a próxima safra, os preços voltem a cair".

Para consumidores aflitos que não querem abrir mão da qualidade do azeite nas refeições do dia a dia, existe alternativa, segundo o nutricionista, e colunista do Enfoco, Paulo Peçanha.

Da mesma maneira que o azeite provém das azeitonas, óleos produzidos a partir de outros alimentos também são opções para aderir na cozinha, como é o caso do óleo de palma, de gergelim e de amendoim" Paulo Peçanha, nutricionista

Benefícios

O nutricionista esclarece que o óleo de gergelim, por exemplo,  é fonte de ácidos graxos, como o ômega 6, e possui uma série de substâncias antioxidantes, incluindo a vitamina E.

"Entre os benefícios para a saúde, o óleo de gergelim tem ação anti-inflamatória, antioxidante e age para diminuir a pressão arterial. Já o óleo de palma contém ômega 6 e 9, além de ser fonte das vitaminas A e E. Entre os benefícios para a saúde, o seu consumo contribui para o fortalecimento do sistema imunológico e auxilia na prevenção do envelhecimento precoce", pontua.

O especialista garante, também, que o óleo de amendoim é rico em vitamina E e ômega 6: "O uso deste ingrediente contribui para a redução dos níveis de colesterol ruim, o LDL", finaliza.

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