Crime
Terceiro suspeito da morte de jornalista e indigenista é procurado
Justiça expediu um mandado de prisão para Jeferson Lima
O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) expediu nesta sexta-feira (17) um mandado de prisão para Jeferson da Silva Lima, conhecido também como "Pelado da Dinha". O homem é suspeito de participar do crime que vitimou o indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips.
A Polícia Federal decretou que o homem está foragido. A PF e a Polícia Civil seguem tentando localizar o suspeito pela região do Vale do Javari, local onde Bruno e Dom desapareceram enquanto realizavam uma expedição no inicio do mês.
Até o momento, o pescador Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado" e seu irmão Oseney da Costa Oliveira estão presos. Ambos confessaram o crime. No entanto, a Polícia Federal ressaltou que não há mandantes do crime.
A PF ainda trabalha com a possibilidade de cinco pessoas estarem envolvidas no caso. Nesta sexta-feira (17), uma perícia realizada nos restos mortais encontrados na última quarta-feira (15) constatou que o material orgânico pertence ao jornalista Dom Phillips.
Órgão contesta posição da PF
A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) contestou nesta sexta-feira (17) o posicionamento da PF dizendo que não há mandantes do crime.
O órgão entende que Amarildo e Oseney fazem parte de uma organização criminosa que invade terras indígenas na Amazônia. De acordo com a Univaja, o indigenista Bruno Pereira recebeu ameaças por causa do trabalho realizado contra invasores, garimpeiros e pescadores da região.
Em abril, Bruno relatou ao Ministério Público Federal (MPF) que recebeu ameaças de uma organização criminosa que lida com pescas e caças ilegais na Amazônia.
O requinte de crueldade utilizados na prática do crime evidenciam que Pereira e Phillips estavam no caminho de uma poderosa organização criminosa que tentou à todo custo ocultar seus rastros durante a investigação.
A Univaja pediu que a PF continue investigando o caso para acabar com a organização criminosa. "Só assim teremos a oportunidade de viver em paz novamente em nosso território, o Vale do Javari", completou o pronunciamento.
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