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    Inquérito

    Tragédia no Capitólio não tem culpados, conclui polícia

    Queda de rocha matou10 pessoas

    Publicado 04/03/2022 às 16:32 | Autor: Rômulo Cunha
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    Acabou o mistério! A Polícia Civil de Minas Gerais anunciou nesta sexta-feira (4) que finalizou o inquérito que investigava as causas da queda do paredão em Capitólio, que matou 10 pessoas, no dia 8 de janeiro. Segundo o resultado, o evento aconteceu de forma natural. 

    A queda da rocha, que possui cerca de 900 toneladas, não houve interferência humana e, portanto, nenhum culpado, de acordo com o delegado Marcos Pimenta, da regional de Passos, responsável pela investigação.

    A Polícia Civil concluiu que o desabamento ocorreu devido à constante correnteza realizada pela cachoeira próximo ao local da rocha e por causa dos fortes ventos que atingem a região, fazendo com que a pedra se desprendesse do cânion.

    A Polícia Civil alerta ainda que há risco de queda em outros pontos do cânion pois apresentam problemas geológicos semelhantes. Os passeios de lancha no local estão proibidos desde o dia. Na data do evento, a Defesa Civil de Minas Gerais tinha emitido um alerta para chuvas intensas e a possibilidade da criação de cabeça d'água na região. 

    De acordo com o delegado Marcos Pimenta, há a possibilidade do condutores das embarcações não saberem sobre o aviso. Um motorista e outras nove pessoas, que estavam no mesmo barco, morreram. A marinha está a cargo sobre a responsabilidade dos condutores. No momento do acidente, havia oito lanchas e uma moto aquática no local.

    A partir deste resultado da Polícia Civil, o Ministério Público de Minas Gerais irá analisar o resultado para ver se irá ou não arquivar o inquérito.

    Prevenção de acidentes

    Durante o anúncio dos resultados das investigações, a Polícia Civil anunciou dez sugestões para evitar novos acidentes. Os pedidos serão enviados para órgãos fiscalizadores que em busca de melhorar a segurança de Capitólio.

    Entre os pedidos estão: a realização de mapeamento de todas as zonas de risco por geólogos e/ ou outros profissionais especializados no ramo; a redução no número de embarcações nos cânions, que deverão apenas contemplar o local, em velocidade baixa e sem uso de aparelho sonoro; a implementação do selo de identificação nas embarcações; a identificação de todos os turistas que utilizarem embarcações, sendo que o controle e o cadastro deverá ser armazenado ou disponibilizado nos respectivos píeres; o uso obrigatório de colete salva-vidas em toda a represa e capacete na região dos cânions e áreas semelhantes; uma maior integração entre os órgãos/ instituições responsáveis pela concessão e fiscalização de empreendimentos turísticos; a proibição de passeios turísticos na região quando houver comunicação de advertência pela Defesa Civil; o fortalecimento das fiscalizações de engenharia, geologia e ambiental; a exigência de estudo de risco e respectiva contenção para os empreendimentos turísticos; a efetiva participação de Furnas e da concessionária Nascentes das Gerais na adoção de medidas preventivas de segurança.

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