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Usuários relatam sumiço de dados no ConectSUS
Publicada às 7h41. Atualizada às 10h.
Usuários da plataforma ConecteSUS relatam que o certificado de vacinação contra Covid-19 desapareceu do sistema na madrugada desta sexta-feira (10). Segundo internautas o site do Ministério da Saúde saiu do ar após suposto ataque hacker. Questionado, o Ministério da Saúde ainda não se pronunciou sobre o problema.
Quem acessou o site encontrou um recado afirmando que os dados do sistema foram copiados e excluídos por um grupo invasor. Cerca de 50 TB de dados estariam nas mãos dos criminosos, conforme o comunicado.
Logo após, o recado desapareceu, mas o site teria permanecido com instabilidade. O ransomware, citado pelos invasores, é um software de extorsão que pode bloquear um tipo de sistema e depois exigir um resgate para desbloqueá-lo.
O Ministério da Saúde se pronunciou, por meio de nota.
“O Ministério da Saúde informa que, na madrugada desta sexta-feira (10), sofreu um incidente que comprometeu temporariamente alguns sistemas da pasta, como o e-SUS Notifica, Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI), ConecteSUS e funcionalidades como a emissão do Certificado Nacional de Vacinação Covid-19 e da Carteira Nacional de Vacinação Digital, que estão indisponíveis no momento”, diz o ministério, em nota.
O ministério acrescentou que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a Polícia Federal foram acionados pela pasta para apoiarem nas investigações sobre o caso. “O Departamento de Informática do SUS (Datasus) está atuando com a máxima agilidade para o restabelecimento das plataformas”, acrescentou, em nota.
Nas redes sociais, as pessoas relataram o sumiço das informações.
A invasão ocorre na temporada em que o governo Bolsonaro é pressionado sobre o posicionamento contra a exigência do passaporte da vacina.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse na última terça-feira (7) que a decisão sobre a exigência do passaporte da vacina para a entrada de turistas no Brasil será interministerial.
“Vamos, dentro de um breve espaço, passar a posição do Ministério da Saúde, mas será uma posição na linha do que o governo federal tem adotado desde o início da pandemia”, adiantou.
De acordo com o ministro, o processo para tomada de decisão envolve uma primeira análise, já feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e, em seguida, uma análise interministerial.
“Não é questão de ser a favor ou contra. São análises técnicas que são feitas. É necessário ampliar o acesso das pessoas à vacina antes de querer cercear as liberdades individuais”, explicou.
Com Agência Brasil
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