Confusão
Vendedores se pronunciam sobre briga em Porto de Galinhas; vídeo
Barraqueiros alegam que turistas estavam alcoolizados
Vendedores que atuam na orla de Porto de Galinhas, em Ipojuca, no Litoral Sul de Pernambuco, afirmaram nesta segunda-feira (29) que os dois turistas do Mato Grosso envolvidos em uma confusão no último sábado (27) estavam embriagados e iniciaram as agressões. O esclarecimento foi divulgado em vídeo gravado pelos próprios barraqueiros após a repercussão do caso nas redes sociais.
Segundo um dos comerciantes, o casal teria chegado ao local após consumir bebidas alcoólicas e se acomodado em cadeiras que já estavam destinadas a outros clientes. De acordo com o relato, Johnny Andrade Barbosa e Cleiton Zanatta haviam ingerido dois uísques antes do início do desentendimento.
Outro vendedor, conhecido como Dinho, declarou que foi agredido ao cobrar o valor pelo uso das cadeiras e do guarda-sol. Ele relatou ter levado um tapa no rosto e, em seguida, sido submetido a um golpe do tipo “mata-leão”. Segundo o comerciante, os turistas se recusaram a pagar, alegando que a praia é um espaço público.
Os barraqueiros também negaram que a briga tenha tido motivação homofóbica e afirmaram que apenas cerca de cinco vendedores participaram da confusão. Ainda nesta segunda, a Secretaria de Defesa Social informou que identificou 14 pessoas envolvidas nas agressões.
Entenda o caso
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram os turistas sendo cercados e agredidos por barraqueiros em Porto de Galinhas, enquanto um guarda-vidas tenta intervir. As imagens registram o momento em que o casal é retirado da areia e colocado em um veículo de apoio.
Mesmo após o afastamento da multidão, Johnny e Cleiton continuam sendo agredidos. Os turistas afirmam que o conflito começou por divergências sobre o valor cobrado pelo aluguel de cadeiras e guarda-sol. Segundo eles, um dos vendedores teria arremessado uma cadeira ao exigir um pagamento quase o dobro do valor inicialmente combinado.
“Se não fossem os salva-vidas, a esta hora a gente estaria morto, porque realmente foi um massacre”, afirmou Johnny.
O que diz a prefeitura
A Prefeitura de Ipojuca informou, em nota, que repudia e lamenta o episódio, classificado como grave e incompatível com os valores de respeito, acolhimento e hospitalidade do turismo local. Segundo a administração municipal, os fatos estão sendo apurados para identificar os envolvidos e adotar as medidas legais cabíveis.
A gestão destacou que equipes de salva-vidas e da Guarda Municipal atuaram desde os primeiros momentos da confusão, garantindo a segurança no local e evitando um agravamento da situação.
A prefeitura informou ainda que mantém ações contínuas de ordenamento da orla, com recadastramento de ambulantes, reuniões com barraqueiros e implantação de crachás de identificação com QR Code, iniciativa que será ampliada para toda a extensão da praia.

André Silva
Repórter
Bastante ativo na cobertura cultural, ja foi contemplado com o Prêmio Themis de Jornalismo, concedido pelo TJRS. Além da cultura, caminha por várias editorias, inclusive em cobertura de eventos internacionais, como a Cúpula do G20 e o encontro dos Brics.

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