Alunos precisaram ter as aulas suspensas na manhã desta quinta-feira (16) após um transformador pegar fogo em Piratininga, na Região Oceânica de Niterói. O caso aconteceu na tarde de quarta-feira (15) e, até o momento, não foi solucionado.
Segundo Julia Neiva, de 29 anos, diretora da unidade, dois protocolos já foram abertos, solicitando o reparo a Enel. Mas, até agora, nada foi feito. Ao todo são cerca de 720 estudantes afetados.
"A rua toda está sem energia, até agora nenhuma ação foi tomada pela Enel. Informaram que enviariam um carro emergencial, mas até o momento nada foi feito. Essa rua tem um colégio com três segmentos e os alunos não estão conseguindo assistir a aula. Estamos ficando sem água", detalhou.
O colégio fica na Estrada Francisco da Cruz Nunes. A turma da manhã chegou a entrar na unidade de ensino, mas por volta das 8h30,todos precisaram ser liberados. Segundo a diretora, as aulas da tarde estão suspensas até o retorno da energia.
Prédio nas escuras
O problema da falta de luz também prejudica moradores de um prédio no Centro de Niterói. Eles estão sem energia elétrica há mais de 24h e já enfrentam, também, a falta de água. Ao todo, são cerca de 48 apartamentos afetados na rua Visconde do Uruguai.
Segundo os relatos, o problema teve início às 23h de terça-feira (14). Ao ligar para Enel, a concessionária informou que enviaria uma equipe no local, mas, conforme os moradores, isso não foi feito. O tempo foi passando e os protocolos se acumulando.
"Não dizem o hora que a equipe chega. Dizem apenas que enviarão o mais breve possível. O edifício está sem luz desde o dia 14, às 23h. Sem energia para usar a bomba, ficamos também sem água no condomínio. O condomínio chamou um eletricista na noite de 14/11. Ele viu que nosso quadro estava em ordem, ligado, mas sem receber a energia do poste. A gente está tendo que carregar o telefone nos comércios que tem luz. Temos que comprar água, não tem água", disse a dona de casa Diana Castro, de 37 anos.
A situação é pior para quem tem idoso em casa, como no caso da corretora de imóveis Renata de Amorim, de 45 anos. Ela cuida do pai, de 81 anos, e mora no 8° andar, o último do prédio.
O senhor, acamado, só consegue se alimentar com comida pastosa, mas, sem energia, o estoque da família acabou nesta quinta (16). Sem energia para ligar a bomba de água, a corretora já não consegue nem dar banho no idoso.
"O problema maior foi a água, acabou de ontem para hoje [ quinta]. No prédio, são vários idosos. Meu pai faz nebulização, o umidificador do quarto dele queimou. Ele hoje amanheceu sem conseguir levantar, não consegui nem dar banho nele. Meu pai come comida pastosa, e eu não tenho como liquidificar comida para ele", relatou.
Procurada em relação aos dois casos, a Enel não retornou o contato até o fechamento desta reportagem.
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