Após 10 dias, cratera aberta pelo mar segue em orla de Niterói

A cratera aberta pela ressaca na semana passada em uma parte da calçada da praia das Flechas, no Ingá, na Zona Sul de Niterói, ainda não foi fechada. Segundo relatos de moradores, o mar agitado no dia 12 deste mês fez com que o incidente acontecesse. Nesta segunda-feira (22), equipes da prefeitura do município trabalhavam no reparo.

A equipe de reportagem do ENFOCO esteve no local um dia após desabamento, e moradores da região informaram que o caso ocorreu por volta das 2h. Logo pela manhã, agentes da Defesa Civil chegaram no local para interditar a calçada e prevenir riscos. O perímetro de isolamento precisou ser ampliado no decorrer do dia e continuou desta forma.

Perímetro de isolamento precisou ser ampliado no decorrer do dia e continuou desta forma

Para a aposentada Maria Helena Calazans, de 66 anos, essa situação gera medo e insegurança, principalmente para os que costumam realizar atividades físicas na orla.

"Passa muita gente aqui, o pessoal faz caminhada direto, todos os dias, crianças [passam] e é preocupante. A gente sempre tem que estar alerta a tudo, nós temos que reclamar para a Prefeitura, para que o problema seja resolvido e estejamos sempre com mais tranquilidade", disse.

A Empresa Municipal de Moradia, Urbanização e Saneamento (Emusa) havia informado que, no mesmo dia do incidente, a obra de construção de contenção e reforço na base do gabião no local foi iniciada. O órgão também afirmou que toda a calçada danificada seria revitalizada.

Renata Almeida, dentista e moradora da região, afirma que as obras estão em andamento, mas que também sente medo caso a infraestrutura do local não receba um vistoria frequente. 

"Eles estão vindo aí, trabalhando. Mas dá um certo medo, fica na cabeça que se aconteceu uma vez, pode tornar a acontecer mais uma vez. Passa a sensação que essa orla, muitas vezes, é abandonada. As grades todas enferrujadas, agora esse buraco na calçada. Como você passa aqui tranquilamente com seu filho? Dá medo sim!", reclamou.

Procurada novamente, a Emusa informou que há uma equipe trabalhando no local e que o prazo de conclusão da obra é de seis meses.