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    Atrasos e superlotação de ônibus revoltam trabalhadores

    Publicado 28/10/2021 às 17:55 | Atualizado em 29/10/2021 às 16:52 | Autor: Tiago Souza
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    Publicada às 17h55 de 28 de outubro. Atualizada às 13h03 de 29 de outubro.

    Imagem ilustrativa da imagem Atrasos e superlotação de ônibus revoltam trabalhadores
    Passageiros criticam a demora dos coletivos que fazem o trajeto Niterói x Rio. Foto: Karina Cruz

    Com o fim progressivo do home office e o consequente retorno de profisisonais aos seus respectivos locais de trabalho, passageiros que fazem uso de transporte intermunicipal foram surpreendidos por mudanças na circulação de coletivos da empresa 1001, que fazem o trajeto Niterói - Rio. Isso por conta dos atrasos e diferentes preços ofertados, principalmente pela manhã.

    Segundo passageiros, as linhas 740D (Charitas X Copacabana), 760D (Charitas x Galeão) e 755D (Charitas x Gávea), circulam com intervalos cada vez maiores, uma demora que pode se arrastar por uma hora. 

    Pela manhã, a paciência já está virando rotina para quem trabalha no Rio e faz uso das linhas. Sem contar as filas que se formam por conta da demora e o consequente atraso na chegada ao trabalho.  

    Na manhã desta quinta-feira (28), por exemplo, a saga da espera foi enfrentada pelo florista Leonardo Aguiar, de 38 anos. Ela mora em Niterói e trabalha em Ipanema, no Rio, fazendo uso da linha 740D. 

    “Não sei o que está acontecendo. Não é de hoje que comecei a notar que estou ficando por mais tempo esperando o ônibus nesse ponto. Antes, passavam com intervalos de 40 minutos, mas agora só estão aparecendo a cada uma hora”

    Frescão é mais caro

    No centro da cidade, passageiros também reclamam da demora e a consequente superlotação, além da circulação de coletivos de uma mesma linha, porém cobrados com valor de tarifa mais alto. 

    “A linha 740D via Gávea tem dois ônibus, sendo um convencional e outro expresso. Antes da pandemia, eles cobravam o mesmo valor nos dois tipos de ônibus, ou seja, R$ 8,50, mas agora no expresso a tarifa é R$ 16. Tem vezes que dois ônibus passam, um expresso e outro convencional, no mesmo horário. Por causa do valor exorbitante do expresso, todos usam o convencional, que acaba não atendendo a demanda em horário de pico”

    Marcelo Xavier, enfermeiro auditor

    As linhas convencionais, mencionadas pelo enfermeiro, se referem as urbanas com valores de tarifas praticados a R$ 8,65. Acontece que para embarcar pela categoria expressa, ou seletiva, o passageiro precisa desembolsar por R$ 16. Considerando o trajeto similar, mas com pratica de valores diferentes.

    A Auto Viação foi procurada para esclarecer se houve redução na frota urbana de categoria intermunicipal, no eixo Rio-Niterói e informa que a linha 740D (Charitas - Copacabana) 'possui uma quantidade de veículos adequada à demanda atual desse trajeto'.

    "Os intervalos em horários de pico são de, em média, 8 minutos entre um ônibus e outro. Este tempo pode variar em razão de circunstâncias que independem da operação, tais como trânsito, condições climáticas, entre outras", acrescenta.

    A empresa também esclarece que essa linha é operada em formato de pool com outra Viação, não pertencente à instituição e reforça que prima pela qualidade no atendimento a todos os usuários de suas linhas urbanas

    Questionada se diminuiu propositalmente o modelo convencional para forçar aos passageiros o uso do expresso e, portanto, pagar mais caro, a empresa não respondeu.

    Com relação a fiscalização, até a publicação desta reportagem, a empresa não havia respondido. O Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio (DETRO) informa que o intervalo cadastrado pela empresa no site da autarquia prevê intervalos de 20 em 20 minutos em horários de pico, sendo no máximo de 30 minutos ao longo do dia. E, que diante da denúncia, a fiscalização na linha será reforçada.

    "Esclarecemos ainda que o Detro-RJ realiza fiscalizações em pontos de ônibus mediante denúncias de usuários e trabalho de inteligência. São verificados documentos, estado de conservação, funcionamento do elevador do cadeirante, normas sanitárias e itens de segurança (pneus, limpadores e freio). Além disso, os fiscais conferem as questões de gratuidade (idoso, PNE e estudantes)", explica.

    De acordo com a portaria Detro-RJ nº 1195, a fiscalização deve ser feita nos pontos terminais das linhas regulares. No entanto, poderá ocorrer fora dos pontos terminais, com base nas denúncias recebidas na Ouvidoria.

    O Detro-RJ informa que as reclamações podem ser registradas na Ouvidoria pelo e-mail [email protected], pelo telefone (21) 3883-4141, ou pelo whatsapp (21) 98596-8545.

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