Denúncia
Postos de saúde são esvaziados em cidade na Baixada; entenda
Segundo população, prefeitura não explica as 'mudanças'
A retirada de móveis e equipamentos médicos de unidades de saúde logo após a eleição deste ano tem preocupado moradores e servidores municipais de Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Eles denunciam que a gestão atual do prefeito Waguinho (Republicanos), que não conseguiu eleger seu candidato, não dá nenhuma explicação para as "mudanças".
Na noite de quinta-feira (5), o Complexo Regulador do Bom Pastor foi alvo de uma ação de retirada de equipamentos. Localizada na Rua Neide Simões, na esquina com a Avenida Distinção, a unidade de saúde teve móveis e aparelhos médicos removidos à noite por homens flagrados por testemunhas, que registraram a movimentação em vídeo.
Em novembro, a Unidade de Saúde da Família em Santa Amélia também enfrentou situação semelhante, com a retirada de equipamentos que deixaram a comunidade local desassistida, de acordo com a população.
Enquanto isso, a equipe de transição do prefeito eleito, Márcio Canella (União Brasil), relata dificuldades no levantamento da situação da saúde pública. Segundo integrantes do grupo, o acesso a documentos e informações essenciais para o planejamento da próxima gestão tem sido restrito, comprometendo a análise do cenário e a elaboração de soluções para os serviços básicos.
Dívida milionária
Além dos desafios administrativos, Belford Roxo enfrenta uma dívida estimada em R$ 180 milhões. Os débitos incluem atrasos no pagamento de fornecedores e contratos em situação precária, o que deve agravar os problemas já existentes na estrutura de saúde do município.
Procurada pelo ENFOCO, a prefeitura de Belford Roxo não respondeu sobre as denúncias até a publicação desta matéria.
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