A Black Friday começou nesta sexta-feira (26) e já movimenta lojas e comércios em Niterói. Shoppings, inclusive, ampliaram horários de funcionamento para que clientes consigam aproveitar as ofertas. Segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas de Niterói (CDL), este ano, a espectativa é de 9% de aumento nas vendas, no comparativo com 2020.
Moradora de Pendotiba, Rosângela Cristina de Oliveira, de 46 anos, quer trocar o sofá da sala. Antes de chegar no Plaza Shopping, a diarista passou em duas lojas, mas não concluiu a compra porque ainda espera encontrar um valor mais em conta.
"O sofá que eu quero é aquele retrátil, mas ainda não me conformei com o preço que vi por onde passei. Espero poder encontrar um preço mais acessível aqui"
Já Welington Souza, de 28 anos, morador do Largo da Batalha, explica que sempre aproveita as promoções da Black Friday. O jovem declarou que por conta do desconto que encontrou, esse ano vai levar um par a mais de sapatos para casa.
"Gosto de aproveitar as promoções, mas nem sempre encontro preços baixos. Analisei os preços e verifiquei se realmente estava valendo a pena comprar essa quantidade. Com a redução dos valores não tem como não levar a mais"
Em uma loja de roupas, calçados e acessórios, a sessão mais movimentada era a de moda feminina. O estabelecimento oferecia descontos de até 70%. Segundo a vendedora, apesar do novo horário de abertura da loja, o movimento foi considerado ótimo, já que ela havia conseguido fazer diferentes vendas logo nas primeiras horas de abertura.
Segundo a administração do shopping, a estimativa é que cerca de 120 mil pessoas passem pelo centro comercial apenas neste final de semana.
No Baymarket, o horário também foi alterado. Com a estimativa de receber mais de 30 mil pessoas neste final de semana, o shopping irá funcionar de 8h às 22h, já as lojas das 9h às 21h.
Para atrair o consumidor, vale até a apresentação de artistas circenses. No espaço, próximo ao terminal, quem passa se depara com performances música e palhaço.
Compras online
Presidente da CDL Niterói, Luiz Vieira, alerta para que os consumidores tenham cautela na hora da comprar pela internet.
"Tem muitas pessoas que esperam o dia para fazer as compras. Tem que tomar muito cuidado com promoções que muitas das vezes são duvidosas. Empresas que prometem, mas não entregam e empresas oportunistas. Antes de comprar o bom é fazer uma busca sobre a empresa. O ideal é sempre comprar em sites oficiais"
Nas compras online, o Procon também faz alerta para o cuidado redobrado. Dicas como verificar a segurança do site, desconfiar de ofertas muito vantajosas e olhar a lista de sites não recomendados do Procon-RJ, que pode ser acessada clicando aqui.
Além disso, ao entrar no site, o consumidor deve conferir na barra do navegador se o endereço eletrônico usa o protocolo HTTPS e se é exibido um ícone em forma de cadeado fechado. Isso indica que o site é seguro e possui certificado digital.
Para a criação da lista de sites não recomendados, a autarquia analisou diversos fatores, como se a empresa entrega os produtos e serviços comprados, responde as reclamações do consumidor e as notificações enviadas pela autarquia, se o estabelecimento possui cadastro ativo na Receita Federal e está apto a emitir nota fiscal, se o site disponibiliza informações de contato e dados da empresa e como se relaciona com os clientes que efetuam reclamações.
A lista é atualizada constantemente e pode ser acessada clicando aqui.
Denúncia e fiscalização
Consumidores que identificarem alguma publicidade enganosa sendo realizada pelas lojas no dia da Black Friday, poderão enviar denúncias para o whatsapp 21 98104-5445. Os servidores irão acompanhar em tempo real as queixas dos consumidores.
Além disso, no dia oficial da Black Friday, que acontece nesta sexta-feira (26), fiscais do Procon Estadual do Rio de Janeiro vistoriam estabelecimentos comerciais localizados nas Zonas Norte e Oeste, Centro, Baixada Fluminense e Niterói. Agentes também fazem o monitoramento de preços praticados por oito grandes sites, que estão sendo observados desde outubro. O objetivo da operação é verificar a forma como as ofertas serão divulgadas, se haverá maquiagem de preços e publicidade enganosa durante o evento. Além de orientar os fornecedores sobre o código de defesa do consumidor e normas consumeristas.
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