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Concurso da Polícia Civil: veja as matérias e dicas de preparação

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A corrida promete ser maior para os cargos de investigador e inspetor. Foto: Divulgação

O edital para o concurso da Polícia Civil do Rio de Janeiro, publicado no último dia 23, pelo Governo do Estado, promete uma concorrência alta na disputa por 350 vagas imediatas.

Segundo a Alfacon Concursos, que atua como banca na preparação para concursos públicos no Brasil, principalmente para os cargos de investigador e inspetor, que correspondem a 85% de todo o certame, a corrida pode ser ainda maior.

O Enfoco conversou com Rodrigo Gomes, professor de carreiras policiais do AlfaCon. Ele confirma que carreiras policiais despertam a atenção, porque fazem parte dos sonhos de milhares de concurseiros.

"A área de segurança pública chama muita atenção. É um investimento seguro do candidato fazer porque ele sempre vai ter uma possibilidade de retorno desse investimento de tempo e dinheiro"

Dicas

Os referidos cargos contemplam os níveis médio e superior de escolaridade, o que pode atrair ainda mais concurseiros.

Uma das dicas do educador é montar um cronograma de estudos de acordo com as áreas de conhecimento. Ele conta que o candidato que trabalha pode organizar uma rotina entre duas a três horas de estudo por dia. Mas diz que é algo que pode variar entre alunos.

Se o candidato tiver mais tempo, aumentar a carga horária é interessante. A ideia é poder estudar cerca de duas ou três matérias diariamente. Conforme o professor, no começo, estabelecer metas e prazos curtos é fundamental, já que isso vai ajudar a ter a percepção de progresso e a evitar frustrações.

Segundo o Governo do Estado do Rio, são 200 vagas para investigador policial, 100 para inspetor de polícia, 25 para perito legista, dez para auxiliar policial de necrópsia, dez para técnico policial de necrópsia e cinco para perito criminal.

De acordo com o especialista, dentro do serviço público, as carreiras policiais estão entre as que mais disponibilizam vagas. "Servem como porta de entrada para cargos com maiores remunerações e aposentadorias", aponta.

Prioridades

De acordo com o professor Rodrigo Gomes, para concorrer às vagas, os candidatos precisarão priorizar disciplinas que mais caem nas provas: Língua Portuguesa e Direito.

“Serão 100 questões nos dois exames, com 60 delas sobre Direito e outras 30 sobre Língua Portuguesa. Ou seja, não há como fugir dessas matérias”, explica o professor, que completa:

"Todas as outras carreiras policiais, todas os outros concursos policiais, o enfoque do aluno sem dúvida vai ser em Direito Penal, Processual Penal e Legislação Extravagante, Constitucional e Administrativo, também tem vindo com o peso igual. Obviamente que você pega esse bloco de matérias jurídicas e soma com a matéria de português. Ali o aluno já tem 70% a 80% de qualquer prova da carreira policial"

Melhor estratégia

Rodrigo diz que não há melhor estratégia de estudo ou tática de prova. Ele revela que tudo vai depender do desenvolvimento pedagógico adquirido pelo candidato, no decorrer da vida escolar/acadêmica.

"É hoje a grande crítica que eu faço no mercado: a questão de planilhar estudo, tentar orientar o aluno de tal jeito. O caminho pedagógico dele é muito subjetivo. Eu não sei como o aluno absorve melhor o conhecimento. Hoje eu tenho mais recurso: áudio, vídeo, leitura, escrita. Eu não sei qual é o melhor método do aluno de absorção. Não há como eu definir para o aluno assistir a aula online, fazer resumo, ler livro. Isso eu dependo de um desenvolvimento pedagógico que ele fez durante a vida pedagógica dele"

Gomes também instrui aos candidatos para que foquem na disciplina que têm o maior número de questões e peso na prova. Para ele, o aluno precisa se preocupar com as matérias de Direito Penal, Processual Penal e Leis Penais Especiais.

"Só que tem uma variante aí: há concursos em que essas matérias vêm com pesos iguais. Há concursos, por exemplo, a Polícia Civil do Rio, que vem com uma discrepância. Então, por exemplo, eu estou com a prova aqui no Rio, com 60 questões de Direito. E aí eu tenho um peso menor para Português e Informática"

Provas e salários

As provas objetivas serão realizadas apenas em 2022, nos dias 30 de janeiro para inspetor e 13 de fevereiro para investigador. O modo de preparação pode fazer diferença na classificação para as próximas etapas.

O edital traz informações detalhadas sobre inscrições, etapas dos exames, requisitos que devem ser cumpridos pelos candidatos e conteúdo programático das provas.

A primeira fase se divide em quatro etapas: prova de conhecimento (eliminatória e classificatória); prova de capacidade física (eliminatória); exame psicotécnico (eliminatório); e exame médico (eliminatório). Os candidatos aprovados vão para a segunda fase, que compreende o curso de formação profissional e a prova de investigação social.

Salários-base das carreiras do concurso são:

- Perito legista e perito criminal: R$ 9.924,06;

- Inspetor de polícia: R$ 6.380,29;

- Investigador policial: R$ 5.840,37;

- Técnico policial de necrópsia: R$ 5.165,75;

- Auxiliar policial de necrópsia: R$ 4.606,29.

Inscrições

O concurso da Polícia Civil será realizado em parceria entre a Academia Estadual de Polícia Sylvio Terra (Acadepol) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

As inscrições estarão abertas até as 16h do dia 26 de outubro. A taxa de R$ 100 deverá ser paga até 16h do dia 27 de outubro. Os candidatos terão duas opções para se inscrever:

  • Posto da Fundação Getúlio Vargas: Rua Jornalista Orlando Dantas, 36, em Botafogo, entre 10h e 16h, entre 27/09 e 26/10, exceto sábados, domingos e feriados.
  • Pela internet, clicando aqui

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