Cidades
Covid-19: comunidades cariocas têm dia de mobilização
A Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) aprovou nesta terça-feira (9), o projeto de Lei 3573/2021, que institui o dia 10 de fevereiro como o “Dia Estadual de Mobilização para Enfrentamento à Covid-19 e seus Impactos nas Favelas”. O projeto segue para sanção do governador em exercício, Cláudio Castro.
O texto, de autoria da deputada Mônica Francisco (PSOL), estabelece a data com o objetivo de ampliar a participação social na vigilância em saúde e promover a proteção social das favelas e periferias.
A parlamentar afirmou que a proposição foi construída em parceria com coletivos de favelas e pretende fomentar ações educativas, de comunicação e de saúde nas comunidades cariocas.
“Os impactos do coronavírus são diferenciados nos territórios periféricos, em função da pobreza e da exposição a diversas privações de direitos. Nas favelas, os indicadores de vulnerabilidade são maiores e os moradores são fortemente expostos a doença. Eles [moradores], são os mais atingidos pelos impactos sociais, econômicos e humanitários da crise sanitária. Tudo isso amplia a necessidade de ações de proteção social, porque a pandemia não acabou, mas a favela segue sendo invisibilizada”, afirmou a deputada.
Manifestação
Manifestantes também cobraram, de forma pacífica, sobre a qualidade da água no Estado dentro das periferias. Diversos baldes vazios foram colocados nas escadarias da Alerj, no Centro do Rio. O objetivo foi chamar a atenção do Poder Público e mostrar como está o recurso dentro das comunidades. Policiais militares reforçavam a segurança em frente ao Palácio Tiradentes.
O ato foi organizado para marcar a data e denunciar a precarização da Cedae nas favelas e foi proposta pelo coletivo “Água é vida, não mercadoria”.
Recentemente, a Cedae vem passando por problemas em relação ao abastecimento no Grande Rio. Em alguns bairros, moradores reclamaram do gosto e do cheiro da água. Em uma pandemia, o recurso fica cada vez mais necessário e fundamental na higienização contra o novo coronavírus.
A Cedae foi procurada para falar a respeito da qualidade do recurso nas comunidades cariocas, mas ainda não retornou às solicitações.
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