Saudades

Dia de Finados leva 2 mil visitantes ao Cemitério de Maricá

O mau tempo não impediu as homenagens

Entre os visitantes do campo santo, havia gente que comparece anualmente no Dia de Finados
Entre os visitantes do campo santo, havia gente que comparece anualmente no Dia de Finados |  Foto: Anselmo Mourão / Ascom Maricá
 

Após dois anos sem a celebração por causa da pandemia da Covid-19, o Dia de Finados foi marcado por uma missa realizada no cemitério municipal de Maricá, nesta quarta-feira (2).

Em razão do mau tempo, a missa aconteceu no espaço onde ficam as capelas dentro do novo prédio do Campo Santo Cônego Batalha. Mesmo com a chuva ao longo da manhã, a celebração teve a presença de aproximadamente 200 pessoas.

De acordo com a Secretaria de Assistência Social, o cemitério recebeu cerca de 2 mil visitantes.

A missa foi celebrada pelo pároco da Matriz de Nossa Senhora do Amparo, padre Max de Almeida. Na homilia, ele citou o exemplo de Maria, mãe de Jesus, que não se desesperou mesmo vendo o filho morto na cruz.

"Na hora em que perdemos alguém querido, não podemos deixar que o desespero tome conta de nós, assim como Maria. O cemitério é um lugar para dar vazão à dor e à saudade, e a missa reforça nossa fé na ressurreição, conforme a promessa de Jesus", disse o padre.

Ao final da missa, o secretário de Assistência Social, Jorge Castor, afirmou estar feliz com o retorno da celebração após a pandemia utilizando o novo espaço.

"É bom voltar a reunir as famílias para esta homenagem aos que já partiram, e neste espaço que projetamos junto com o prefeito Fabiano Horta. Os que têm lembranças de pessoas queridas que se foram prestam seu tributo, seja com flores ou orações, e vêm aqui para ter a certeza de que estão ao lado do Pai maior", avaliou.

Para a coordenadora de Assuntos Religiosos de Maricá, Danieli Machado, também foi bom ver a missa lotada em um dia de tempo chuvoso.

"Isso mostra que os que já partiram continuam vivos no coração dessas pessoas, e que elas sentiam falta de estar aqui lembrando deles. É um dia de emoção e saudade", lembrou ela.

Entre os visitantes do campo santo, havia gente que comparece anualmente no Dia de Finados. "Tenho pai e esposo sepultados aqui, e consegui vir mesmo durante a pandemia. É uma tradição que temos e sempre cumprimos", afirmou Carla Machado, que estava acompanhado das duas filhas.

Marilene dos Santos Melo, de 59 anos,  perdeu duas irmãs há menos de um ano e foi ao cemitério prestar homenagens. "Uma se foi no fim do ano passado no nordeste, e a outra vivia aqui e morreu em fevereiro. A lembrança que fica é muito forte e eu virei sempre", prometeu ela.

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