Finalmente! Depois de um longo tempo abandonada, a Estação Ferroviária Barão de Mauá, popularmente conhecida como Estação Leopoldina, vai ser restaurada. O projeto de revitalização é uma parceria entre o Ministério Público Federal e a SuperVia, empresa que administra os trens urbanos. O abandono da estação já dura duas décadas.
O acordo de revitalização foi assinado no início deste mês. O projeto inicial prevê a criação de um centro cultural dentro do terminal que deve custar cerca de R$ 500 mil. A execução total das obras está orçada em torno de R$ 5 milhões. O início das obras ainda não está previsto.
A intervenção terá que seguir o modelo apresentado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), já que o prédio histórico foi tombado em 2008.
No ano passado o juiz federal Paulo André Espirito Santo, da 20ª Vara Federal do Rio, vistoriou a estação e disse que o local estava em situação deplorável, "digno de vergonha".
Alívio
A Estação Leopoldina fica em um dos principais pontos da Região Central do Rio, a Avenida Francisco Bicalho. Milhares de pessoas passam pelo local diariamente.
Em frente a estação fica um ponto de ônibus que leva passageiros para vários pontos do Rio. Por conta do abandono, as pessoas reclamam da falta de segurança. A restauração da estação se torna um alivio.
É abandonado, não tem guarda, nem segurança para proteger, sem contar essas estruturas aqui todas abandonadas, quando chove é horrível. De noite sem chances" Eric Reis, Jovem Aprendiz
A Sebastião Souza é taxista e costuma trabalhar no local, ele contou que já ocorreu casos de, durante a noite, algumas pessoas em situação de rua apedrejarem seu veículo.
"Foi do nada, eu estava esperando uma passageira e eles arremessaram. Essas estruturas abandonadas costumam atrair esse tipo de situação, eu espero que isso mude, prejudica nosso trabalho, nosso sustento", disse indignado.
A Estação Leopoldina foi inaugurada em 1926 e fechada em 2001. Nas plataformas passavam trens de várias localidades, desde o estado do Rio de Janeiro, como Vila Inhomirim, Guapimirim, Petrópolis, Friburgo e Campos, até fora do estado, como Vitória e Zona da Mata de Minas.
"A estação Leopoldina faz parte de um dos melhores capítulos da história do Rio de Janeiro e do país. Esperamos que o nosso projeto ajude a resgatar a memória desse período em que o país depositou grande expectativa no seu futuro com o início do processo de industrialização", disse o Antônio Carlos Sanches, diretor-presidente da SuperVia.
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A estação, que está há 21 anos sem funcionar, transmite preocupação aos que precisam passar pela redondeza -
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