![Diretora Vanessa Mesquita e a universitária Anna Carolina Mendes](https://cdn.enfoco.com.br/img/inline/90000/1210x720/inline_00093259_00-7.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.enfoco.com.br%2Fimg%2Finline%2F90000%2Finline_00093259_00.jpg%3Fxid%3D312284&xid=312284)
“Falavam mal de mim e eu não suportava mais. Saí do colégio, mas voltei quando a escola e meus amigos foram me buscar. Na minha cabeça, eu disse que dessa vez seria diferente. Na verdade, eles não mudaram, eu que mudei e consegui ser aprovada em 1º lugar na Uerj, para Pedagogia. Hoje quero transformar a vida das pessoas positivamente”. Esse é o relato de Anna Carolina Mendes, de 20 anos, que enfrentou o bullying e deu a volta por cima.
Focando nos estudos e com apoio da comunidade escolar, a ex-aluna que na época tinha 15 anos, superou ofensas e se tornou a primeira colocada na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), para cursar pedagogia.
Ela não parou por aí. Retornou à escola onde estudou para dar palestras aos alunos sobre a importância de não praticar ofensas, mostrar que é possível seguir em frente e faz questão de lembrar que é filha de empregada doméstica. "O maior orgulho da minha mãe é ver que sua filha chegou à universidade", diz, emocionada.
Agora universitária, Anna esteve na última terça-feira (4), na sua antiga unidade, o Colégio Estadual Amanda Velasco, em São Gonçalo, onde conversou com jovens do Ensino Fundamental sobre o assunto e foi muito aplaudida pelos alunos.
![Jovens do Ensino Fundamental Colégio Estadual Amanda Velasco, em São Gonçalo, participaram de roda de conversa](https://cdn.enfoco.com.br/img/inline/90000/1210x720/inline_00093259_01-7.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.enfoco.com.br%2Fimg%2Finline%2F90000%2Finline_00093259_01.jpg%3Fxid%3D312285&xid=312285)
Recebeu abraços e muito carinho. Em troca, compartilhou sua lição de superação, aconselhou sobre plano de estudos e fases da vida.
A secretária de Estado de Educação, Roberta Barreto, lembrou que o ódio não faz parte da escola. Pelo contrário, deve ser um lugar de paz e para todos. Roberta destacou ainda como essas atitudes positivas podem ajudar no desenvolvimento emocional dos alunos.
"O ato de acolher é muito mais do que uma ação pedagógica, é um ato de educar, e educar pessoas para o bem. Por isso, a pedido do governador Cláudio Castro, pretendemos ampliar os núcleos de atendimentos para estudos psicoemocionais. Com isso, teremos equipes e alunos muito mais saudáveis e seguros no seu fazer diário", afirmou a secretária.
Carolina contou com o apoio do pedagogo, Cristiano Dias, da Organização Não Governamental ‘Cuca Limpa’ que, em parceria com o colégio, mantém, há dois anos, um grupo terapêutico e motivacional para conscientizar os jovens sobre assuntos como os diferentes tipos de violência, uso de álcool e drogas, depressão e temas semelhantes.
A diretora da unidade, Vanessa Mesquita, contou que o colégio faz um forte trabalho contra o bullying e lembrou a célebre frase cultuada na escola: “Ninguém vai desistir perto de mim!”.