Cidades

Falta d'água vira rotina para moradores de Santa Rosa

Carro pipa abastece moradores de uma vila na Rua Professor Otalício. Foto: Alex Oliveira

A falta d’água já se tornou um problema antigo para os moradores da Rua Professor Otacílio, em Santa Rosa, na Zona Sul de Niterói, que só na última semana, alegaram ter ficado sem o fornecimento regular por pelo menos seis dias.

Ainda segundo moradores, as principais dificuldades para o abastecimento é a ausência de pressão nos canos instalados na via, além de um mal dimensionamento das tubulações para o atual número de edificações existentes na região - considerando a responsabilidade pela manutenção e abastecimento da concessionária Águas de Niterói.

De acordo com João Porto, de 36 anos, que mora na área há mais de dez anos, o serviço de abastecimento costuma funcionar somente três vezes por semana - sendo às segundas, quartas e sextas, informação confirmada pelos demais vizinhos. 

No entanto, ele, assim como os demais, criticam que ultimamente não há uma data fixa para fornecimento de água, mesmo com o pagamento das contas em dia.

“A quantidade de água que chega não é suficiente para o número de prédios aqui na rua. Além do mais, temos uma tubulação muito antiga. Houve um ‘boom’ imobiliário por aqui e o gabarito estava ainda maior. Só pararam de construir prédios porque baixaram esse gabarito da rua”, esclarece o morador.

Quem mora na localidade afirma que nesta segunda (30) funcionários da Águas de Niterói estiveram no local para conversar com a população que muito reclamou sobre a falta d’água na semana anterior.

Bomba d'água do Virgílio Fernandes. Foto: Alex Oliveira

“É pouca pressão da bomba e pouco tempo caindo: só duas horas de água. Muito pouco. Durante o último mês inteirinho só recebi 300 litros de água na minha casa. Domingo mesmo entrou um carro pipa d’água aqui. O problema aqui de fato é a falta de pressão. Já acionei o reclame aqui da Águas de Niterói e nada”, disse o morador Virgílio Fernandes, de 61 anos. 

Ainda conforme os moradores, por conta dos obstáculos, a contratação de serviços de carros pipa, que giram em torno de R$ 300 - dependendo da quantidade de litros solicitada, acaba se tornando necessária, para reforçar a garantia de se ter água. 

“Na vila que eu moro, existe cerca de 20 residências, entre casas e apartamentos. Eu tenho duas cisternas: uma de 10 e outra de 12 mil litros, quando falta por muito tempo eu consigo contratar o serviço pipa. Eventualmente vai caindo um pouco da bomba e consigo segurar melhor o abastecimento. Mas isso eu falo por mim. Eu sei que tem gente que não tem condições de pedir um carro pipa e por isso fica muitas vezes sem uma gota d’água”, explicou João Porto.

Para os moradores, uma solução eficaz seria a construção de uma ‘casinha’ na entrada da rua e a instalação de uma bomba de pressão, para que a água possa chegar com mais pressão em toda a extensão da rua.

Procurada, a Águas de Niterói confirmou que enviou uma equipe técnica ao local e o abastecimento está ocorrendo. A concessionária ressalta que existe um estudo de reforço para o abastecimento em fase final. Durante esse período, a concessionária continuará monitorando o abastecimento no local e disponibilizando carros-pipa, caso seja necessário.

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