Setembro Verde

Família e profissionais são homenageados no RJ Transplantes

Cerimônia aconteceu na sede da Secretaria Estadual de Saúde

Rio de Janeiro ocupa o 3º lugar no ranking nacional de doadores de órgãos
Rio de Janeiro ocupa o 3º lugar no ranking nacional de doadores de órgãos |  Foto: Divulgação

Famílias doadoras, instituições parceiras da rede estadual e a equipe da RJ Transplantes foram homenageadas na cerimônia “Sim! Sou doador de órgãos, e minha família já sabe”, que reforça os eventos do mês Setembro Verde, dedicado à causa da doação de órgãos e tecidos. O evento aconteceu no auditório da Secretaria Estadual de Saúde e, entre os homenageados, estavam profissionais do Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), de São Gonçalo, um dos primeiros no ranking de captação de órgãos no Estado.

O programa estadual comemorou junto com as famílias doadoras o desempenho deste ano, que registra, somente de janeiro a agosto, 856 casos notificados à Central Estadual de Transplantes do Rio de Janeiro, além de 263 doadores efetivos, o que representa um aumento de 14% em relação a 2022 no mesmo período.

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A secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, enfatizou a importância do trabalho das equipes em todo o estado do Rio de Janeiro, que alavancou a performance do programa estadual. Hoje, o Rio de Janeiro ocupa o terceiro lugar no ranking nacional de doadores de órgãos, atrás apenas de São Paulo e Paraná.

“É um orgulho indescritível estar aqui hoje diante de uma plateia tão múltipla de doadores, de receptores, da equipe do RJ Transplantes, dos diretores das unidades, de toda a rede federal, estadual e municipal e muitos outros. Acima de tudo, a palavra de hoje aqui é solidariedade. A solidariedade de quem doa, de quem recebe, de quem faz, de quem executa. Cada um de nós é muito importante”, enfatizou a secretária.

Avó do jovem Christian Lima Correia, de 16 anos, que perdeu os cinco irmãos e os pais após grave acidente em Guapimirim, em março deste ano, Valéria Correa, doou os órgãos do neto Guilherme e beneficiou 30 pessoas.

“Estamos conscientes sobre a importância da doação de órgãos. Passamos um episódio muito difícil. Tivemos dois netos sobreviventes, o Christian, que está aqui presente, e o Guilherme, que ficou por três dias no CTI do Hospital Estadual Alberto Torres, mas não resistiu e teve morte encefálica. Em um momento de muita dor fomos abordados por um profissional de saúde e ali nós não hesitamos em dizer o sim. Pensamos naqueles que estão aguardando e não conseguem fazer um transplante. Nossa dor foi muito grande, mas não hesitamos em ajudar o próximo”, disse Valéria.

Referência no atendimento a pacientes com múltiplos traumas, o Heat captou somente nos primeiros oito meses deste ano 72 órgãos, entre eles, cinco corações, tecidos, córneas e ossos. Para ampliar o trabalho de busca ativa, a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) da unidade ganhou reforço de mais profissionais.

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