Cidades
'Foi um anjo que apareceu em minha vida', revela gestante no Barreto
O guarda municipal de Niterói André Luis da Cunha Taranto, de 39 anos, desviava o trânsito no Barreto, em Niterói, na manhã desta terça-feira (20). Era um dia caótico no por conta do sequestro a ônibus na Ponte. Mas em meio ao caos ele não fazia ideia que naquela manhã uma missão ainda mais importante o aguardava.
Próximo ao viaduto que liga a Avenida Benjamin Constant ao centro da cidade, em um dos carros parados no engarrafamento estava a grávida Estefani Maniere Guimarães, de 27 anos. Ela tinha saído de casa, em Itaboraí, já em trabalho de parto, rumo a um hospital particular, no Centro de Niterói, com o marido e a sogra.
Diante da urgência, Taranto, que é do grupamento motorizado de trânsito, usou a moto para driblar o trânsito e levou Estefani até o hospital, onde ela chegou a tempo de dar à luz a Morena, uma bebê saudável de 47 cm e 2.890 kg.
Depois de deixar Estefani no hospital, Taranto ainda retornou ao Barreto de moto para buscar o marido de Estefani, para que ele pudesse conhecer a filha.
"O guarda foi um anjo que apareceu na minha vida e na vida da minha filha", relembra Estefani.
"Apareceu para nos ajudar diante de um completo caos. Foi superprestativo e cuidadoso comigo, me deixando dentro do hospital até saber que eu estava bem e depois ainda deu atenção ao meu marido. Nunca vou poder agradecer a todo esse carinho".
Estefani chegou ao hospital às 12h40 e a menina nasceu às 13h44. A família saiu de casa por volta das 6h, em direção ao hospital em Niterói, sem imaginar ainda, que o trânsito no caminho estava parado por causa do sequestro na Ponte. Foram quase três horas aguardando até que Estefani disse que não aguentava mais de dor.
O motorista de aplicativo do carro onde ela estava ainda tentou vários desvios até que parou no viaduto. Foi quando pediu ajuda ao guarda municipal.
Guarda
Taranto, que é casado e tem um filho de 11 anos, é morador de Niterói e trabalha na Coordenadoria de Trânsito da Guarda Municipal de Niterói há quatro anos.
“Quando fui abordado pelo motorista, primeiro tentei acionar o socorro, mas logo percebi que poderia não dar tempo. Tentei desobstruir o caminho, mas não era possível, estava tudo muito parado, e ela dizia que as contrações estavam aumentando. Mesmo eu explicando que só tinha a moto, a família concordou e pediu que eu a levasse mesmo assim. Fui devagar e o tempo todo me preocupando em perguntar se ela estava bem e se queria que eu parasse”, contou Taranto.
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