Cidades
Golfinhos encantam na Baía de Guanabara
Um vídeo com cerca de 70 golfinhos nadando na entrada da Baía de Guanabara, próximo ao Forte São João, na Urca, Zona Sul do Rio de Janeiro, encantou cariocas e internautas durante o último sábado (10).
No Facebook, alguns usuários comentaram o episódio como um espetáculo da natureza, enquanto outros elogiavam a beleza dos animais e até definiram como uma benção.
De acordo com o biólogo marinho, Rodrigo Leão, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o vídeo mostra golfinhos-nariz-de-garrafa da espécie Tursiops truncatus. Ele explica que apesar da má qualidade ambiental da Baía, a persistência dessa e de outras espécies marinhas, traz a mensagem de que se controlada a poluição, o local pode voltar a ser utilizado com mais frequência por esses animais.
"É uma pena que essa cena seja vista como algo raro e inusitado, porque no passado não muito distante a baía era uma área com grande abundância de baleias e golfinhos".
Rodrigo Leão, biólogo marinho da UFRJ
O biólogo do Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Rafael Carvalho, afirmou que essa é uma espécie que costuma nadar mais perto da costa e das praias nos primeiros meses do ano e que esses animais passam boa parte do tempo se alimentando e se deslocando ao longo da nossa costa.
O que fazer nessa situação?
Segundo o Doutor Salvatore Siciliano, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é necessário manter uma distância entre 150 e 300 metros, além de não interferir nas atividades dos animais. De acordo com Siciliano, não é proibido observar, pois a atividade de turismo de observação de baleias e golfinhos é liberada pela legislação.
O biólogo ainda afirma que é a favor deste turismo, pois acredita ser uma forma de valorização, e neste caso, mostra que a entrada baía ainda é capaz de oferecer um ambiente para esses animais marinhos, visto que o local também oferece muitos peixes.
"O litoral do Rio de Janeiro é cheio de recursos, por isso essa espécie não é incomum na região", finalizou.
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