A continuidade da votação de reajuste salarial dos rodoviários na tarde desta sexta-feira (12), que aconteceu
na sede social do Sindicato de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac), no Sapê, em Niterói, teve os ânimos exaltados e bate-boca, mas terminou com a proposta de reajuste de 6% aprovada e a greve descartada.
A contagem começou por volta de 15h com cada rodoviário presente votando e saindo da quadra onde acontecia a assembleia. No entanto, alguns rodoviários começaram a gritar dizendo que outros colegas estavam saindo do local e entrando para votar novamente.
Os profissionais protagonizaram mais um episódio de confusão. Para tentar acalmar os ânimos, o presidente do Sindicato, Rubens dos Santos Oliveira, paralisou a votação, que estava em 285 votos a favor. Os demais rodoviários, que eram contra a proposta, acabaram deixando a votação e não acompanharam a auditoria.
O presidente do Sintronac disse que, apesar da confusão, prevaleceu a maioria.
"Sabemos que está longe de ser o ideal. No entanto, é preciso que o poder público comece a reformulação do sistema de financiamento do transporte coletivo, atualmente custeado quase que totalmente pelo usuário, caso contrário o preço final das passagens ficará inviável para a população”.
A direção do sindicato solicitou o apoio de uma viatura do Batalhão de Niterói (12°BPM), que ficou na porta da sede.
Aumento no salário dos rodoviários
Na parte da manhã, a votação para a proposta de 6% de reajuste salarial recebeu 157 votos a favor contra 140. Para contemplar um número maior de votantes, o estatuto do sindicato permite que haja votação na parte da tarde e quem já tenha votado pode votar uma segunda vez.
A nova proposta visa o aumento da cesta básica para o valor de R$ 400 a contar a partir do dia 1° novembro deste ano, mantendo desconto de 20% na folha, aumento da ajuda de custo dos uniformes no percentual de 10%, reajuste salarial de 6% pago de forma parcelada, sendo 3% no dia 1º de novembro deste ano, e os outros 3% restante no dia 1º de julho de 2022.
O rodoviário Carlos Batista disse que o sindicato não está brigando pela categoria.
"Na última assembleia havia ficado acordado que era 10% ou greve. E vem o sindicato e aceita a contraproposta de 6% das empresas e ainda dividido em duas parcelas. Isso não existe", reclamou.
Em nota, o sindicato informou que é obrigação da entidade colocar a proposta em votação e quem aceita se há greve ou não é a assembleia que decidiria pelo estado de greve.
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