Cidades
Incertezas fazem pais e responsáveis evitarem gastos escolares
Ainda permeado por incertezas, a volta às aulas não afetou só os alunos que aguardam por uma resposta das autoridades para o retorno. Vilão de sempre no início do ano, os gastos escolares, dessa vez, ficaram de lado para pais e responsáveis. É o que diz o estudo do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ).
Segundo o levantamento, 58,2% afirmaram que não fizeram reserva para pagamento dessas despesas. O percentual é 10% maior do que o apurado no estudo de 2020.
A pesquisa entrevistou 425 consumidores do estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de obter informações relativas às despesas no início de ano e a forma como estas serão pagas, além das expectativas do ensino para o ano de 2021.
O desembolso para o pagamento da matrícula escolar aparece com apenas 18,8% para os que possuem a intenção de pagar à vista e 14,4% pretendem parcelar. Dos entrevistados, 66,8% não terão esse tipo de gasto. Já o material escolar deve ser parcelado por 27,5% dos consumidores. Sendo que 13,9% pretendem pagar à vista e 58,6% não pretendem ter esse gasto neste ano.
Em relação às expectativas relativas ao ensino, 49,3% acreditam que o ensino será híbrido, com aulas online e presenciais. Já 30,8% creem no ensino apenas online e apenas 7% na modalidade presencial. Já 12,8% dos entrevistados não souberam responder.
Entre os que acreditam no ensino híbrido e online, 45,8% afirmam que as instituições de ensino não estão preparadas, 40,8% acham que estão e 13,4% não souberam responder. Sobre o preparativo dos professores, 48% dos consumidores acham que os docentes não estão preparados.
Nada pronto
Para 40,2%, os professores estão prontos para a modalidade online e 11,7% não souberam responder. Em relação ao preparo dos alunos, 63,7% afirmam que os estudantes não estão prontos para esse tipo de ensino. Outros 26,3% dos entrevistados acham que os alunos estão preparados e 10,1% não souberam responder.
Por conta da pandemia da Covid-19, muitas escolas pararam suas atividades ao longo do ano passado e algumas seguem fechadas. Outras, adotaram o sistema remoto de ensino.
A analista de sistemas, Cássia Alves, de 44 anos, explica que o início deste ano foi de alívio para as contas relativas ao ensino de seu filho no período escolar. Segundo ela, a economia veio porque os custos destinados para esse fim, dessa vez, não foi total.
"A pandemia fez com que o valor mensal pago com despesa da escola e material tivessem uma redução em 2021, pois foi solicitado pela escola apenas material de uso individual. A despesa maior foi com livros e apostilas, mas essa redução já ajudou no orçamento"
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ) é formada por 59 sindicatos patronais fluminenses e representa os interesses de todo o comércio de bens, serviços e turismo do estado. O setor reúne mais de 314 mil estabelecimentos, que respondem por 2/3 da atividade econômica do estado e representam 68% dos estabelecimentos fluminenses, gerando mais de 1,6 milhão de empregos formais no total, que equivalem a 60% dos postos de trabalho com carteira assinada no estado do Rio de Janeiro. Além disso, a Fecomércio RJ administra, no estado do Rio, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comércio (Senac).
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