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Jovem denuncia negligência após parto em hospital de Niterói

Matéria atualizada às 23h57.

Imagem ilustrativa da imagem Jovem denuncia negligência após parto em hospital de Niterói
|  Foto: Foto: Vitor Soares
A mãe puérpera expeliu, em casa, um pedaço de placenta. Ela relata sentir dores, desde então. O temor é de uma infecção generalizada. Foto: Vitor Soares

A alegria de ser mãe de uma menina tem gerado preocupação a uma jovem de 18 anos, moradora de São Gonçalo. É que após o parto normal da bebê, no último dia 9, no Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), em Niterói, a mãe puérpera expeliu, em casa, um pedaço de placenta, que teria sido esquecido no útero pela equipe médica, segundo a denúncia.

O fato ocorreu durante um banho, após a liberação da unidade hospitalar, no dia 11. Ela apresentou estado febril, além de dores na barriga e na cabeça, desde então. Na última quinta-feira (18) precisou ser internada novamente.

"O médico que me internou disse que se estou com febre era sinal de infecção", conta.

Mas até este domingo (21) não aconteceu a ultrassonografia prometida a ela, continua explicando. Já são três dias que a paciente está apenas no soro e sentindo incômodos, sem descobrir se ainda há restos de placenta no útero. O temor é de uma infecção generalizada.

A paciente quer realizar a curetagem, procedimento que tem o objetivo de limpar o útero através da remoção de restos de placenta.

Procurada pelo Enfoco, a Secretaria Estadual de Saúde ainda não deu explicações sobre a demora pela intervenção.

"O médico disse que na sexta-feira (19) faria a ultra para verificar se tinha algo. Eu perguntei se era certo e ele confirmou. Só a curetagem que disse que talvez seria neste sábado. Me internei, passou o dia seguinte e ninguém me chamou e eu falei com a enfermeira de rotina. Ela disse que não tinha nenhum pedido de ultra. Outro médico falou que faria o pedido e nada", contou a paciente.

Já na manhã deste domingo (21) a paciente disse que voltou a questionar ao médico. Ela ainda não teve um parecer positivo. "Ele me explicou que era final de semana, e que ficaria mais difícil, e ainda disse: 'vou tentar'", lamenta.

Nascimento

A bebê nasceu às 6h22 do dia 9 de novembro em um parto normal. A mãe e a neném tiveram alta no dia 11. Já em casa, a jovem se assustou com o pedaço de placenta que saiu do corpo, durante um banho.

Ela contou com a ajuda de uma tia enfermeira para remover o órgão, que é formado durante a gestação, sendo responsável pela comunicação entre a mãe e o feto e, assim, garantir as condições ideais para o desenvolvimento.

Com o passar dos dias, a jovem começou a sentir incômodos e ficou em estado febril. Uma semana depois teve que retornar ao hospital.

"Ela chegou ao hospital com dor na barriga, dor na cabeça forte, não conseguia nem colocar o pé no chão e febre de 40ºC. Eu só quero que eles façam a ultra da minha filha antes de dar uma infecção generalizada. Uma hora o antibiótico não vai dar mais jeito. Quero a ultra e a curetagem, porque eu nunca vi uma pessoa chegar em casa e colocar um pedaço de placenta para fora. Então, com certeza, ficou pedaço de placenta no útero dela", disse a mãe da jovem e avó da bebê.

A paciente, que ainda aguarda pelo procedimento, também é mãe de um menino de 3 anos. Ela diz que não vê a hora de poder amamentar a filha recém-nascida há 12 dias.

"Eu acho que deveria ser batida a ultra logo porque desde o dia que cheguei só estou tomando antibiótico na veia e eles nem sabem o que eu tenho. O meu seio está quase empedrando, tenho muito leite, preciso amamentar a minha filha", suplica.

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