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    Homenagem

    Morte do jornalista Tim Lopes completa 20 anos

    Julgamento é visto como um dos maiores do Judiciário Fluminense

    Publicado 02/06/2022 às 12:46 | Autor: Suzana Moura
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    Jornalista foi assassinado quando fazia uma reportagem sobre abuso de menores e tráfico de drogas no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio
    Jornalista foi assassinado quando fazia uma reportagem sobre abuso de menores e tráfico de drogas no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio |  Foto: Divulgação

    A morte do jornalista Tim Lopes completa 20 anos nesta quinta-feira (2) e o dia será marcado por homenagens. Ele foi assassinado quando realizava uma reportagem sobre abuso de menores e tráfico de drogas no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio. Tim foi capturado, torturado e executado por traficantes. A confirmação do crime se deu após uma semana do desaparecimento de Tim.

    O profissional tinha mais de 30 anos de carreira quando foi assassinado e ele trilhava firme uma trajetória sempre marcada por um objetivo, que era combater a violência, injustiças e desigualdades sociais. Em suas reportagens, Tim assumiu disfarces para denunciar o que estava errado, como quando se passou por pedreiro para mostrar a vida dos canteiros de obras, fingiu ser dependente químico para revelar irregularidades em clínicas de tratamento, se vestiu de Papai Noel para contar a história do Natal de crianças que não tinham a esperança de receber a visita do velhinho e foi um dos pioneiros a mostrar o dia a dia nas favelas e também o carnaval nos subúrbios.

    O jornalista Bruno Quintella, filho de Tim, fez uma homenagem ao pai em suas redes sociais. 

    Aspas da citação
    Metade da minha vida sem você por perto, sem seu abraço, sem ouvir sua gargalhada, sem trocar ideias, sem ir aos jogos do Vasco. É uma saudade que não passa nunca. É uma dor que não vai acabar, mas que tentamos a cada ano — minha família, eu, seus amigos — a lidar com ela
    Bruno Quintella jornalista e filho de Tim
    Aspas da citação
     

    Após 20 anos, dois acusados morreram, entre eles o traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, que foi preso em setembro de 2002, pouco mais de três meses após comandar a ação dos criminosos contra Tim. Ele foi apontado como chefe do grupo.

    Os outros quatro criminosos estão em liberdade e um está detido. Até hoje, o julgamento dos responsáveis pelo crime é visto como um dos maiores processos do Judiciário Fluminense em um processo que foi concluído com 13 volumes.

    Homenagens

    O dia será marcado por uma série de eventos em diferentes pontos da cidade. Às 8h30 foi montada uma instalação com fotos de Tim Lopes e texto do jornalista Alexandre Medeiros, na Cinelândia, em frente à Câmara dos Vereadores do Rio e às 10h, houve uma missa no Santuário Cristo Redentor com a presença de amigos e família.

    Às 16h, haverá um ato em homenagem ao jornalista na Associação Brasileira de Imprensa - ABI, em parceria com a Federação Nacional de Jornalistas - Fenaj, a Associação Brasileira de Jornalistas Investigativos - Abraji e o Sindicato de Jornalistas do Município do Rio.

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