Carlos Gonzaga da Silva, de 36 anos, que morreu após ser levado por uma correnteza durante o temporal da última terça-feira (7), em Niterói, tinha uma entrevista de emprego em São Cristóvão, na Zona Central do Rio, no dia seguinte. Ele estava desempregado, segundo contaram seus familiares. Carlos morava em São Gonçalo e tinha uma filha de 13 anos.
O cunhado de Carlos, Marcos Barberato, de 46 anos, soube da situação pela tia após o ocorrido. “A gente não sabia que ele estava sumido porque ele ia fazer uma entrevista de emprego em uma empresa de alimentos, em São Cristóvão. Então, achamos que ele estava por lá. Minha tia que foi quem me contou do ocorrido, mas a gente não tinha certeza que era ele”, contou o técnico em refrigeração.
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Ainda de acordo com a família, ele já havia trabalhado no Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), no Fonseca, com alimentos. “A ficha ainda não caiu, mas Deus sabe de todas as coisas, foi uma fatalidade. A filha dele é de Roraima, mas já sabe. No dia do acontecido, ele estava indo para casa pegar a documentação para deixar arrumada e ir fazer a entrevista de emprego no dia seguinte”, completou Marcos.
A última pessoa que teve contato com Carlos foi a irmã dele. “Pelo WhatsApp, minha esposa falou com ele e ele disse que não ia sair dali naquele momento porque as ruas estavam alagadas e não estava passando ônibus. Ele estava fazendo um 'biquinho' na Venda da Cruz”, contou Marcos.
Ainda não há informações sobre o sepultamento de Carlos. O corpo dele segue no Instituto Médico-Legal (IML) do Barreto.
O CASO
Um mototaxista e um passageiro foram arrastados para dentro de um valão durante o forte temporal desta terça-feira (7), no Barreto, na Zona Norte de Niterói.
Segundo testemunhas, o piloto tentou passar pelo bolsão d´água na Rua Comendador Assad Abdala, quando foi levado pela correnteza para dentro do valão. O mototaxista conseguiu escapar, mas o outro homem acabou desaparecendo junto com a moto.
O quartel do Corpo de Bombeiros de Niterói encontrou o corpo em um rio, na tarde de quarta (8), na altura de Neves, em São Gonçalo, às margens da Baía de Guanabara.
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