Logo Enfoco


    Exames

    Família de Juliana Marins quer nova autópsia feita no Brasil

    Parentes estão contando com a ajuda da Prefeitura de Niterói

    Publicado 30/06/2025 às 11:44 | Autor: Tayná Ferreira
    Ouça a reportagem
    Siga no Google News Siga o Enfoco no Google News
    Corpo de Juliana Marins inda está na Indonésia aguardando o translado
    Corpo de Juliana Marins inda está na Indonésia aguardando o translado |  Foto: Reprodução / Redes Sociais

    A família da publicitária niteroiense Juliana Marins, de 26 anos, decidiu recorrer à Justiça para solicitar uma nova autópsia do corpo da jovem, que faleceu após cair da trilha do cume do Monte Rinjani, no último dia 21. Os parentes querem realizar um novo exame no corpo no Brasil.

    Em uma publicação nas redes sociais, no perfil criado pela irmã Mariana Marins para divulgar informações sobre o caso, a família explicou a decisão tomada.

    "Com o apoio do Gabinete de Gestão Integrada de Segurança (GGIM) da Prefeitura de Niterói, procuramos a Defensoria Pública da União (DPU-RJ), que prontamente entrou com um pedido na Justiça Federal para a realização de uma nova autópsia", esclareceu Mariana.

    O Plantão Judiciário da Justiça Federal, por sua vez, se absteve de tomar uma decisão sobre o caso, delegando a responsabilidade ao "juiz natural", já designado para analisar a questão.

    Enquanto isso, o corpo de Juliana permanece na Indonésia, aguardando o processo de translado.

    Translado indefinido

    Neste domingo (29), a família de Juliana fez um apelo à companhia aérea Emirates, em Bali, para que confirmasse o voo que transportaria o corpo da vítima de volta ao Rio de Janeiro.

    “Estamos tentando confirmar o voo que trará Juliana para o Brasil, para o aeroporto do Galeão (Rio de Janeiro). Porém, a Emirates não quer confirmar o voo! É descaso do início ao fim. Precisamos da confirmação do voo da Juliana urgente. Precisamos que a Emirates se mexa e traga Juliana pra casa!”

    Mariana informou que o traslado estava inicialmente confirmado para as 19h45 de domingo, no horário de Bali (8h45 no Brasil), mas houve alterações inesperadas.

    Aspas da citação
    Misteriosamente, a parte do porão de carga ficou ‘lotada’, e a Emirates disse que só traria Juliana em outro voo se fosse até São Paulo. Que não se responsabilizaria pela chegada dela no Rio
    Mariana Marins
    Aspas da citação

    A família ainda manifestou preocupação com o processo de embalsamamento, que, segundo eles, pode ter sido realizado de forma apressada.

    "Parece proposital, já que o embalsamamento tem apenas alguns dias de validade. O medo é que, em uma nova autópsia, descubram mais informações. Está muito difícil", desabafou Mariana, sem revelar detalhes adicionais.

    Autópsia realizada em Bali

    A primeira autópsia de Juliana foi feita na quinta-feira (26) em um hospital de Bali, logo após o corpo ser retirado do Parque Nacional do Monte Rinjani. O exame indicou que a causa da morte foi múltiplas fraturas e lesões internas. O laudo também descartou a hipótese de hipotermia, e revelou que a jovem sobreviveu por cerca de 20 minutos após o trauma.

    As informações foram divulgadas na sexta-feira (27) pelo médico-legista Ida Bagus Putu Alit, durante uma coletiva de imprensa no Hospital Bali Mandara.

    “Os indícios mostram que a morte foi quase imediata. Por quê? Devido à extensão dos ferimentos, fraturas múltiplas, lesões internas — praticamente em todo o corpo, incluindo órgãos internos do tórax. [Ela sobreviveu por] menos de 20 minutos”, disse o médico.

    A divulgação dos resultados do exame gerou críticas por parte da família de Juliana. Mariana afirmou que a família foi convocada a comparecer ao hospital, mas a coletiva de imprensa ocorreu antes de sua chegada, e eles só ficaram sabendo sobre o resultado da autópsia por meio da imprensa.


    Aspas da citação
    Caos e absurdo. Minha família foi chamada no hospital para receber o laudo, mas, antes que eles tivessem acesso a esse laudo, o médico achou de bom tom dar uma coletiva de imprensa para falar para todo mundo que estava dando o laudo antes de falar para minha família. É absurdo atrás de absurdo e não acaba mais
    Mariana Marins, irmã de Juliana
    Aspas da citação

    Tags

    Tayná Ferreira

    Tayná Ferreira

    Repórter sob Supervisão

    Grupo achados e perdidos do facebook Enfoco Grupo achados e perdidos do facebook Enfoco
    Achados e Perdidos

    Perdeu documentos, objetos ou achou e deseja devolver? Clique aqui e participe do grupo do Enfoco no Facebook. Tá tudo lá!

    Entrar no grupo
    Artigo anterior
    <

    Acesso para Terminal de Niterói reabre e muda a vida de passageiros

    Relacionados em Niterói