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    'Minas' levam samba e mensagem para a Praia de Icaraí em Niterói

    Mulheres chamaram atenção para combate ao abuso sexual infantil

    Publicado 31/05/2025 às 13:45 | Autor: Enfoco
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    Apresentação aconteceu na manhã deste sábado (31)
    Apresentação aconteceu na manhã deste sábado (31) |  Foto: Péricles Cutrim

    Quem passeava ou se exercitava na Praia de Icaraí, em Niterói, Região Metropolitana do Rio, na manhã deste sábado (31), pôde curtir um evento especial: uma roda de samba do projeto cultural e social Oficina das Minas, que oferece aulas gratuitas de instrumentos para mulheres.

    Mas além de diversão, as alunas e professoras do projeto também se apresentaram como forma de dar visibilidade ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado oficialmente no dia 18 de maio.

    O evento mobilizou a comunidade local para refletir sobre formas de enfrentar a violência sexual infanto-juvenil, além de reforçar canais de denúncia, como o Disque 100 e destacar importância do fortalecimento da rede de proteção, do cumprimento da Lei 13.431/17 e do cuidado com quem denuncia e com quem sofre violência. 

    O evento buscou ainda sensibilizar a população sobre essa grave violação de direitos que atinge, em sua maioria, meninas de até 13 anos, dentro de casa e por pessoas próximas, realidade apontada pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública (2024).

    "O importante de usar o projeto nessa causa é porque temos como plano de fundo as mulheres, que são mães, avós, filhas e estão à frente dos cuidados com as crianças. Precisamos alertá-las para a proteção das crianças", disse a coordenadora do projeto, Camille Siston. 

    O que é a Oficina das Minas

    • Oficina das Minas é integrada por mulheres instrumentistas
      Oficina das Minas é integrada por mulheres instrumentistas | Foto: Péricles Cutrim
    • Oficina das Minas é integrada por mulheres instrumentistas
      Oficina das Minas é integrada por mulheres instrumentistas | Foto: Péricles Cutrim
    • Oficina das Minas é integrada por mulheres instrumentistas
      Oficina das Minas é integrada por mulheres instrumentistas | Foto: Péricles Cutrim
    • Oficina das Minas é integrada por mulheres instrumentistas
      Oficina das Minas é integrada por mulheres instrumentistas | Foto: Péricles Cutrim

    A Oficina das Minas é um projeto cultural e social idealizado pela empresa Csiston Produção Integrada, sob coordenação da produtora cultural, jornalista e pesquisador Camille Siston, que promove aulas gratuitas de percussão, violão e cavaquinho exclusivamente para mulheres, com foco em inclusão, empoderamento feminino e acesso à cultura por meio da música.

    Desde sua criação em 2023, o projeto já impactou mais de 400 alunas, e em 2025 retorna com número recorde de inscrições: 320 mulheres para 240 vagas. As aulas acontecem no Teatro Popular de Niterói e no Caminho Niemeyer, com duração de três meses por ciclo. Um novo processo seletivo será aberto em agosto para o segundo semestre de 2025.

    A Oficina das Minas tem como um de seus principais compromissos o combate à invisibilidade da mulher no samba, utilizando a arte como ferramenta de inclusão e transformação social.

    Por meio da música, o projeto incorpora e promove debates sobre diversas pautas urgentes ligadas ao enfrentamento do machismo estrutural, como o combate ao etarismo, à homofobia, e à marginalização de mulheres em espaços culturais.

    A iniciativa também contribui para o processo terapêutico de mulheres em situação de vulnerabilidade, especialmente aquelas em tratamento após vivências de violência doméstica, e atua na criação de um espaço acolhedor e coletivo, onde as participantes podem ressignificar suas histórias e ocupar com potência os espaços públicos e privados.

    Como “Lugar de mulher é onde ela quiser” a Oficina das Minas realiza uma vez por mês o aulão coletivo, em que todas as alunas se reúnem em um espaço publico e treinam as músicas praticadas em sala de aula reunindo as três modalidades, cavaco, violão e percussão.

    Com financiamento da Prefeitura de Niterói, o projeto também destina 20% das vagas a mulheres atendidas pela Secretaria da Mulher, incluindo alunas em tratamento no Ceam, integrando a música ao processo terapêutico e de reconstrução da autoestima.

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