Moradores de Icaraí, na Zona Sul de Niterói, fizeram uma manifestação, na manhã deste sábado (24), em frente ao colégio MV1, na Rua Gavião Peixoto, onde o porteiro Sebastião Lair Hipólito foi assassinado, na véspera. A maior reclamação é a falta de segurança na cidade.
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“Meu filho estuda no MV1, e o que eu vejo é que a cidade está largada, motoqueiros andando em calçadas e agora essa tragédia na escola”, relata a enfermeira Márcia Guimarães.
Durante a manifestação contra a violência, Solange do Nascimento, prima da vítima, disse que estava indignada.
"Precisamos de segurança e justiça para nossas famílias. Eu vejo que a classe carente está largada, e assim como aconteceu comigo, isso pode acontecer com qualquer um”.
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A filha de Seu Sebastião, Adriana Hipólito, disse estar muito abalada e tendo que estar de pé a base de remédio.
“Nós não temos mais liberdade. Hoje os presos somos nós. A pessoa sai para trabalhar cedo e não volta para casa”, diz a técnica de enfermagem.
O caso
Seu Sebastião foi morto a facadas na manhã de sexta-feira (23) no Colégio particular MV1, localizado em Icaraí, na Zona Sul de Niterói. Sebastião Lair Hipólito, carinhosamente chamado de Tio Tão pelos alunos, era o vigia do setor infantil.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o quartel de Niterói foi acionado às 6h24, para ocorrência na Rua Gavião Peixoto. No local, o homem já estava morto.
O suspeito de cometer o crime foi preso.
Pela volta do Niterói Presente
Através das redes sociais, a Prefeitura de Niterói informou o desejo de retornar com o programa "Niterói Presente". Que entre 2017 e 2021 alcançou recordes na redução de índices de violência.
"Sentimos profundamente pela perda do Seu Sebastião ontem, em Icaraí. Expressamos toda a nossa solidariedade à família, amigos e colegas da escola onde ele atuava. Nos últimos meses, os casos de violência tem nos preocupado cada vez mais.
Parabenizo o esforço da Guarda Municipal e dos policiais que estão nas ruas, mas é importante reconhecer a deficiência de efetivo do 12°BPM", disse através de uma nota postada no Instagram.
Entre 2017 e 2021 a Prefeitura colocou mais 400 policiais nas ruas por meio do Programa Niterói Presente, abrangendo todas as regiões e reduzindo os índices de criminalidade, por isso, o projeto tem que voltar.
A segurança pública é de atribuição constitucional do Governo do Estado, mas queremos o retorno do convênio do Niterói Presente. No programa, realizávamos o pagamento dos salários de policiais e coordenávamos a estratégia para garantir o patrulhamento a segurança dos niteroienses.
"Nos colocamos a disposição para retomar o financiamento integral do Niterói Presente e investir em pessoal, equipamentos, viaturas, tecnologia, ação integrada das forças de segurança e prevenção", finalizou o comunicado.