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    Moradores estendem faixas em local de acidentes frequentes em Niterói

    População pede solução para acabar com o problema

    Publicado 14/08/2025 às 18:10 | Autor: Matheus Pessanha
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    Moradores colocaram as faixas no dia seguinte ao último acidente, que ocorreu na segunda-feira (11)
    Moradores colocaram as faixas no dia seguinte ao último acidente, que ocorreu na segunda-feira (11) |  Foto: Lucas Alvarenga

    Faixas estendidas na passarela em frente ao Hospital Getúlio Vargas Filho (Getulinho), na Alameda São Boaventura, em Niterói, Região Metropolitana do Rio, chamam atenção de quem passava pelo local desde a última terça-feira (12). Os moradores da região as colocaram no dia seguinte ao acidente com um motorista de caminhão que perdeu o freio na descida da Caixa D'Água e bateu violentamente contra um poste logo abaixo. 

    Os dizeres refletem o desespero dos moradores que se dizem cansados de conviver com o medo frequente de acidentes. Eles pedem também uma solução para acabar com o problema na região. 

    “É frequente, frequente. A questão de um mês atrás trocaram esse poste. Agora trocaram outro. Vai viver trocando poste? A gente vai viver sempre assim com esta ameaça?”, questionou Ester Silva, comerciante da região, que afirma ter ficado o dia inteiro sem luz após o último acidente. “O cara da loja de moto que tinha aqui saiu com medo. Entregou a loja e foi embora. As pessoas têm medo até de parar aqui", completou. 

    Os cartazes refletem o desespero de quem mora próximo à descida da Caixa D'água
    Os cartazes refletem o desespero de quem mora próximo à descida da Caixa D'água |  Foto: Lucas Alvarenga

    “Já vi aqui na porta, por meio metro, o caminhão entrar aqui dentro. O acidente foi ali no imóvel do meu filho”, relatou a moradora Suzana Costa, que pede medidas urgentes: “Teria que reduzir a velocidade. Caminhão em alta velocidade não dá tempo de frear.”

    Os relatos, cheios de indignação, mostram que o temor da comunidade não é infundado. Os moradores dizem que veículos de grande porte descem em alta velocidade, muitas vezes sem controle dos freios, o que já causou mortes e prejuízos.

    O mecânico Eduardo Marins lembra de um acidente fatal envolvendo um ônibus. “O caminhão que tem um guincho grandão pegou o ônibus, morreu gente aí. Se tivesse alguma barreira antes, isso não teria acontecido", disse. 

    Diante da repetição dos casos e da ausência de medidas eficazes, moradores sugerem medidas, como instalação de quebra-molas, fiscalização eletrônica, restrição de circulação para caminhões em determinados horários e sinalização mais clara.

    “As únicas coisas que podem fazer pra diminuir esses acidentes é um quebra-mola ou um radar porque o pessoal vem voando lá de cima”, disse Eraldo Oliveira, morador da região há décadas.

    O que diz o DER

    Procurado, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), responsável pela via, informou que está em andamento um estudo para a implantação de redutores de velocidade no trecho final da Alameda São Boaventura. A ação faz parte do projeto de revitalização da RJ-104, que inclui melhorias no pavimento ao longo de 7,8 quilômetros, até a conexão com a RJ-106.

    O órgão afirmou ainda que ajustes no contrato da obra foram necessários, em conformidade com a Lei das Licitações, o que impactou o andamento das intervenções.

    Enquanto as medidas não são implementadas, a comunidade segue em estado de alerta. "Aqui o pessoal já não tá querendo nem passar mais. Com medo de se acidentar, com medo de um carro pegar. Como a gente fica assim?”, desabafa Ester Silva.

    Moradores esperam que o protesto e a mobilização popular sirvam de alerta para os riscos da descida da Caixa d’Água antes que novas tragédias aconteçam.

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    Matheus Pessanha

    Matheus Pessanha

    Estagiário sob Supervisão

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