Tristeza
Morre, aos 54 anos, ex-presidente histórico do Sintuff
Ele foi um dos principais nomes na luta dos trabalhadores

Pedro Rosa, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal Fluminense (Sintuff) e atual coordenador de Finanças da entidade, faleceu na manhã desta segunda-feira (22), vítima de acidose metabólica.
O sindicalista, de 54 anos, estava em tratamento médico desde o diagnóstico de leucemia em 2022, doença que levou o militante a se submeter a um transplante de medula.
De acordo com relatos de colegas de sindicato, Pedro sentiu uma indisposição na última semana, o que motivou a realização de exames médicos e o acompanhamento contínuo de sua saúde.
Apesar do quadro clínico, ele participou ativamente de um ato popular no último domingo (21), na Praia de Copacabana, contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem e o projeto de anistia aos condenados pela tentativa de golpe.
No evento, o sindicalista se mostrou disposto, mas relatou cansaço ao retornar para casa, de acordo com pessoas próximas. No mesmo dia, ele foi ao hospital, mas os exames não apresentaram alteração considerável.
Na manhã desta segunda (22), Pedro sentiu falta de ar e foi socorrido por colegas. Ele foi imediatamente atendido no hospital, onde chegou consciente, mas não resistiu à parada cardiorrespiratória que se seguiu, apesar da tentativa de reanimação.
Natural do Pará, Pedro Rosa deixa esposa e três filhos, sendo duas meninas e um menino. A comunidade sindical e amigos próximos ainda aguardam mais informações sobre os procedimentos de velório e enterro, que ainda não foram divulgadas.
Pedro foi um dos principais nomes na luta dos trabalhadores da UFF e sempre esteve à frente das discussões sobre os direitos da classe trabalhadora, tanto no campo sindical quanto na defesa das liberdades democráticas.
Luto no Sintuff
Em nota, o Sintuff expressou profundo pesar pela perda de Pedro Rosa e ressaltou a importância de sua liderança para a luta dos trabalhadores da UFF e do movimento sindical como um todo.
"No sindicato, na UFF, na militância e na vida, marcou muita gente feito tatuagem, inclusive a de quem escreve o texto. Não vamos viver em mundo sem Pedro Rosa, simplesmente porque a marca que ele deixou é muito forte para desaparecer, apesar de sua ausência física. Ele que foi, sim, o mais relevante dirigente sindical da UFF neste século.
Quando Pedro partiu, nesta segunda-feira, o tempo fechou e caiu a chuva forte. Pedro era energia de um dia ensolarado. Os céus sinalizaram luto e a água desceu como pranto, assim como as lágrimas escorreram dos nossos olhos com a notícia. VIVA PEDRO ROSA!", diz trecho do comunicado.


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