Parceria leva hospital de Niterói a integrar programa federal

O Hospital e Maternidade São Francisco, na Zona Sul de Niterói, entrou nesta sexta-feira (29), para a lista dos primeiros hospitais privados e filantrópicos do Rio de Janeiro, a aderir ao programa "Agora Tem Especialistas", do Ministério da Saúde.

A instituição, referência na região, passa a oferecer atendimento especializado a pacientes do SUS em troca de créditos para quitação de dívidas federais.

Entre as novidades, o hospital passará a realizar cirurgias cardíacas em recém-nascidos encaminhados pela rede pública, ampliando a oferta de atendimentos de alta complexidade no Rio de Janeiro. A expectativa é reduzir filas de espera e melhorar o acesso a tratamentos especializados em todo o estado.

“Aqui no Hospital Maternidade de São Francisco, em Niterói, temos a primeira adesão ao programa no Rio de Janeiro, no componente crédito financeiro. Este componente possibilita a negociação de dívidas tributárias e o pagamento de impostos por meio de atendimento especializado à população. Em breve, através da regulação estadual, será possível ampliar a oferta de serviços, como cirurgias cardíacas para recém-nascidos”, afirmou Rodrigo Alves Torres Oliveira, diretor do programa Agora Tem Especialistas do Ministério da Saúde.

A iniciativa busca ampliar o acesso a exames, cirurgias e consultas especializadas na rede pública de saúde, encurtando filas de espera em estados e municípios. Para isso, o programa mobiliza hospitais privados e filantrópicos de todo o país, que passam a integrar uma rede credenciada.

Investimento

Além do reforço nos serviços, o Ministério da Saúde anunciou um pacote de investimentos de R$ 142,3 milhões para a compra de equipamentos oncológicos. A medida vai destinar 16 aparelhos, entre aceleradores lineares e tomógrafos, a nove estados. No Rio, além de Niterói, a cidade de Macaé será contemplada com um tomógrafo avaliado em R$ 2,6 milhões.

A meta do "Agora Tem Especialistas" é entregar 121 aceleradores lineares até 2026, o que permitirá atender cerca de 85 mil novos pacientes com radioterapia por ano. Para viabilizar os atendimentos, os pacientes continuarão sendo direcionados pelas centrais de regulação das secretarias de saúde.

Lançado em escala nacional, o programa prevê diversas frentes, incluindo mutirões, ampliação de turnos nos hospitais, telessaúde e criação de supercentros de diagnóstico. Atualmente, mais de 130 instituições privadas já manifestaram interesse em aderir ao modelo de troca de dívidas por atendimentos.