Fiscalização

Obras das lagoas de Saquarema e Araruama serão fiscalizadas

As ações estabelecidas na região foram emergenciais.

Bombeiros e pescadores estão em risco por conta das pedras que rolaram até a entrada da Barra Franca.
Bombeiros e pescadores estão em risco por conta das pedras que rolaram até a entrada da Barra Franca. |  Foto: Ascom Alerj
  

Técnicos da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) irão aos municípios de Saquarema e Araruama na quarta (23) e quinta-feira (24), para fiscalizar as obras dos sistemas lagunares da região. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (16) pelo presidente do colegiado, deputado Gustavo Schmidt (PSL), durante audiência pública para discutir o desassoreamento e a revitalização das lagoas.

"Convidamos as prefeituras, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a concessionária Águas de Juturnaíba, para avaliarem o funcionamento das estações de tratamento de esgoto. Temos quatro estações em Saquarema. Vamos visitar a do rio Bacaxá, além de verificar os índices obtidos pelo Inea em relação ao Canal da Barra Franca. Nosso objetivo é que as prefeituras, o Governo do Estado e demais entidades responsáveis pelo meio ambiente entrem em um consenso e façam uma obra definitiva", explicou Schmidt.

A superintendente do Inea, Deise Delfino, destacou que as ações estabelecidas na região foram emergenciais. Para a realização de uma obra definitiva, é necessário um estudo ambiental que, segundo ela, foi interrompido devido a uma ação judicial. Deise também frisou que as intervenções sofreram fortes críticas e que foram suspensas por solicitações do Ministério Público Federal, da Prefeitura de Saquarema e do Coletivo SOS Barra Franca.

Na audiência, foram levantados diversos problemas causados pela paralisação das obras no canal. De acordo com o integrante do Coletivo SOS Barra Franca, Aníbal Antunes, bombeiros e pescadores estão em risco por conta das pedras que rolaram até a entrada da Barra Franca.

"Além disso, essas pedras causaram um assoreamento do canal, impedindo o fluxo de água entre o mar e a lagoa que oxigena as águas. Isso ocasionou mau cheiro na lagoa e provocou a mortandade dos peixes e crustáceos que vivem ali. É de extrema importância realizar essas obras emergenciais para a retirada dessas pedras. Precisamos da obra definitiva", apontou Antunes.

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