Mobilidade

Paralisação de motoristas da Uber gera demora para usuários

Tempo de espera e valores altos foram relatados por passageiros

Motoristas durante o protesto no Centro do Rio
Motoristas durante o protesto no Centro do Rio |  Foto: Péricles Cutrim
  

Passageiros que precisaram recorrer aos carros por aplicativos tiveram dor de cabeça na manhã desta segunda (15). Isso porque muitos motoristas aderiram a um movimento de paralisação para reivindicar melhores condições de trabalho. 

Além dos valores mais caros - cerca de 50% maior que o normal - a demora também foi outro ponto que gerou preocupação entre os passageiros. 

"Esperei pelo menos 10 minutos e o valor tava bem mais caro", disse uma usuária. 

O ato se concentrou na Avenida Infante Dom Henrique, próximo ao Aeroporto Santos Dumont. Motoristas percorreram as ruas até a Avenida Presidente Vargas, onde ficaram em frente ao prédio da Uber, mas não foram recebidos pela empresa. Entre as melhorias reivindicadas, estão aumento dos valores das corridas e menos descontos. 

  • Motoristas durante protesto sobre as tarifas dos aplicativos
    Motoristas durante protesto sobre as tarifas dos aplicativos
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    Motoristas durante protesto sobre as tarifas dos aplicativos
  • Motoristas durante protesto sobre as tarifas dos aplicativos
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    Motoristas durante protesto sobre as tarifas dos aplicativos
  

"Nós já estamos solicitando às plataformas que melhorem a tarifa mínima e o ganho do motorista. No início da Uber a gente pagava 20% de corrida, hoje a gente chega a pagar 60%. A conta que a Uber faz é que o passageiro paga um determinado valor e ela repassa para o motorista só o km rodado. Parece, para o motorista, que ele está perdendo 25% quando na verdade, entre o que o passageiro paga e o motorista recebe, gera uma diferença de 60%. Numa corrida de R$ 100 o motorista às vezes fica somente com R$ 40", disse Denis Moura, de 53 anos, que representa os motorista de aplicativos.

Denis trabalha na plataforma desde 2014 e disse que já não aguenta mais a situação. 

O movimento acontece em 71 cidades do Brasil e os motoristas receberam adesivos para  colar nos veículos. Os profissionais também realizaram o ato. O movimento também deve ser aderido por motoboys do serviço de delivery. 

Procuradas, as empresas de aplicativo Uber e 99 não responderam aos questionamentos. 

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