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    Parque Esportivo e Social do Caramujo completa um ano nesta segunda

    Publicado 16/08/2021 às 11:19 | Autor: Enfoco
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    Imagem ilustrativa da imagem Parque Esportivo e Social do Caramujo completa um ano nesta segunda
    Além das modalidades olímpicas, o Parque oferece aulas de funcional fitness, circuito funcional, skate, luta greco romana, muay thay, educação ambiental e ritmos. Foto: Luciana Carneiro/Ascom Niterói

    O Parque Esportivo e Social do Caramujo (Pesc) completa um ano de sua inauguração, nesta segunda-feira (16), e vem mudando a história de muitas crianças do bairro e adjacências. O local oferece treinamento gratuito de várias modalidades olímpicas como atletismo, levantamento de peso olímpico (LPO), lutas, badminton, tiro com arco e o iniciante, nessas Olimpíadas de Tóquio, skate. Atualmente, em função da pandemia, das limitações das atividades e do número de pessoas reduzido, o Pesc atende aproximadamente 400 pessoas, a partir dos 6 anos de idade.

    A gestora do Parque Esportivo e Social do Caramujo, Sheila Bahia, conta que o Parque é um grande sonho que se tornou realidade.

    “O Parque Esportivo e Social do Caramujo é um local de alegria, aprendizado e conquistas. É o sonho sendo realizado por cada um de nós que acreditamos num mundo melhor, de direito e oportunidades, de igualdade, onde essas crianças podem buscar novos planos e serem grandes atletas. É a possibilidade delas se capacitarem, estudarem e conquistarem uma vida melhor. Agradeço a todos que acreditaram que através do esporte podemos salvar vidas. Agradeço a dedicação às nossas crianças e que elas possam voar em busca de novos horizontes”, enfatiza Sheila.

    O coordenador Carlos Aveiro destaca que o Parque Esportivo e Social do Caramujo é um projeto de transformação social.

    “A princípio, a criança vem para participar das nossas práticas sociais e conhece vários esportes aos quais elas não teriam acesso normalmente. Dar oportunidade a esses futuros cidadãos é nosso objetivo e a principal mudança na vida deles. Com os Jogos Olímpicos, eles estão vendo um mundo de possibilidades. Então, nosso olhar, para além da inclusão social, é também de ascensão social através do esporte”, reforça o coordenador.

    Na primeira competição que contou com a participação dos jovens do projeto, em julho deste ano, o Pesc obteve sete medalhas nas modalidades de salto em distância, arremesso de peso e corrida de 80 metros rasos no festival de atletismo sub 13, sub 15 e sub 17, que aconteceu na Vila Olímpica de Duque de Caxias.  Rafaelle Wetzel Deodato, de 13 anos, foi bronze no salto em distância.

    “O atletismo mudou minha vida. Eu não sabia nem correr, sentia dores no corpo todo e hoje já dou uma volta quase completa ao redor da pista. O esporte também melhorou meu comportamento. Fico metade do meu tempo aqui treinando e a outra parte me dedico aos estudos. Quero levar o atletismo para a vida porque eu me realizo e quero ganhar várias medalhas”, disse Rafaelle.

    A professora Iracema Rosa contou sobre o prazer que sente ao ensinar a prática esportiva para as crianças.

    “Queria ter sido a primeira atleta de Niterói, mas estou me realizando como treinadora. Meu objetivo maior é fazer com que essas crianças, além de ter uma boa educação, possam ser futuros atletas ou outra profissão que eles desejem ter”, enfatizou.

    Outra professora apaixonada é a Rafaela Franco. Ela ensina a técnica do skate e manobras quase radicais aos pequenos que vislumbram grandes sonhos no esporte.

    “Eu saía cedo da escola para andar de skate na rua com uns amigos que me incentivaram. Eu gosto muito de esporte e por isso escolhi ser professora. Procuro me especializar para passar o melhor para eles. Isso aqui é minha terapia diária. Ver essas crianças fazendo manobras e tendo oportunidade de serem melhores a cada treino é gratificante demais”, contou Rafaela.

    José Roberto, 9 anos, e Ingrid, 12 anos, são promessas desta nova modalidade olímpica que treinam no parque.

    “O skate é uma forma de eu me expressar e aqui eles incentivam bastante. No futuro, vou querer participar de vários campeonatos, viajar por vários países e, se Deus quiser, vou conseguir virar profissional”, afirmou Ingrid.

    O pai da Ingrid e de mais duas alunas do projeto, Ibici Silva, conta que o Parque é um sonho realizado para os moradores.

    “O Parque aqui do Caramujo é uma realização. Aqui existia um campo de barro, sem espaço para as crianças brincarem. Esse espaço é a concretização do sonho de muitos pais. Como estamos no período de Olimpíadas, as crianças assistem em casa e querem repetir aqui o que viram. Minha família respira esporte e para mim é uma realização pessoal ver minhas filhas praticando atividades e ver como uma filha vai influenciando as outras a participarem. Quando as pessoas verem um atleta que saiu daqui, vai ser uma grande emoção para todo o bairro”, disse Ibici.

    Duas novas modalidades chegaram recentemente ao Parque Esportivo, o tiro com arco e o badminton.

    “Quando a gente consegue trazer um projeto como esse para dentro de espaços da comunidade, não só pensando em uma olimpíada, mas também em uma vida melhor para eles, isso facilita muito o caminho para o crescimento do esporte e das crianças”, explicou Simone Santos, presidente da Federação de Badminton do Estado do Rio de Janeiro e professora da modalidade no Pesc.

    Além das modalidades olímpicas, o Parque oferece aulas de funcional fitness, circuito funcional, skate, luta greco romana, muay thay, educação ambiental e ritmos. Além disso, para os que desejam, os professores fazem a avaliação antropométrica com pesagem, medição de circunferência abdominal, altura, Índice de Massa Corporal (IMC), percentual de gordura e índice de padrão de crescimento. Outras atividades ainda serão implementadas, principalmente as de contato que atualmente não podem ser desenvolvidas devido a pandemia para respeitar as regras de distanciamento social e os protocolos sanitários. Nesta lista estão Jiu-jítsu, futebol, basquete, vôlei e capoeira.

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