Esportes
CEO do Atlético Carioca desabafa, justifica WO e anuncia fim do clube
O clima esquentou nas redes sociais neste domingo (15). Horas depois de o Atlético Carioca não comparecer ao Alzirão, em Itaboraí, para a partida contra o Itaboraí Profute, válida pela penúltima rodada da fase de classificação da Série C do Campeonato Carioca, o CEO do clube, Maikon Villela, utilizou o perfil oficial da equipe no Instagram para fazer uma transmissão ao vivo.
Sem chances de classificação às semifinais, o Alvinegro de São Gonçalo sofreu seu primeiro WO na competição. Segundo Maikon, o clube lamenta muito não ter entrado em campo, mas não possuía verba para arcar com as despesas do confronto - como aluguel do campo, gandulas e ambulância. O dirigente se disse triste com a situação, mas alegou que o regulamento só foi divulgado após a inscrição do Atlético; o calendário acabou ficando maior que o esperado, fugindo do planejamento financeiro inicial.
Outra situação destacada por Villela foi a situação da presidente do clube, Fernanda Marcolino. Internada com um 'problema grave de saúde', segundo o dirigente, ela teve suas despesas financiadas pelo clube - que priorizou o momento delicado em detrimento ao lado esportivo. A causa da internação não foi revelada por Maikon, que apenas postou um story segurando a mão de Fernanda, deitada em uma cama de hospital.
Antes de encerrar, Villela ainda deu outra má notícia: segundo ele, o Atlético Carioca está com os dias contados. A uma rodada do fim da primeira fase da quinta divisão estadual, ele confirmou que o clube deixará de existir depois do Carioca. Falando em 'novos projetos', ele deixou no ar a possibilidade de um novo clube ser fundado - dizendo que os torcedores saberão tudo sobre o futuro nas próximas semanas.
Menos de uma hora depois da primeira live, o CEO abriu nova transmissão - desta vez ao volante - demonstrando irritação com os comentários recebidos em resposta às suas declarações. Exaltado, ele falou alguns palavrões e afirmou que nenhum torcedor sabe o que é estar no comando de um clube profissional. Lamentando a falta de patrocínios, ele disse que não havia o que ser feito e revelou uma dívida corrente de quase 70 mil reais - além dos mais de 100 mil já gastos nesta temporada.
Em tom de desabafo, Maikon voltou a citar todas as dificuldades de executar um planejamento de um clube de menor investimento, sem patrocinadores e com divergências à forma com que a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro conduziu o campeonato. Ele mostrou-se muito irritado, sobretudo, com as mensagens recebidas pelos seguidores sobre a live anterior.
"Nunca assinaram uma súmula, só colecionam álbum de figurinhas e acham que sabem como é estar aqui no meu lugar", bradou.
Apesar da irritação, ele encerrou a transmissão mostrando otimismo quanto ao futuro. Mesmo sem ser claro, ele indicou a criação de uma nova equipe - possivelmente em uma fusão com outra agremiação. Por opção do CEO, as transmissões ao vivo não ficaram salvas no perfil oficial do clube e, portanto, não podem ser vistas novamente.
Perdeu documentos, objetos ou achou e deseja devolver? Clique aqui e participe do grupo do Enfoco no Facebook. Tá tudo lá!