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    Passageiro que esqueceu celular em carro de app ganha ação contra empresa no Rio

    Publicado 18/10/2021 às 11:33 | Autor: Enfoco
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    Imagem ilustrativa da imagem Passageiro que esqueceu celular em carro de app ganha ação contra empresa no Rio
    |  Foto: foto: lucas benevides
    O motorista se comprometeu a devolver o celular, mas desligou o aparelho e não apareceu. Foto: Lucas Benevides

    A Uber e os motoristas cadastrados na plataforma têm responsabilidade solidária na prestação de serviço. E diante de falha, o consumidor pode buscar a indenização em conjunto ou separadamente. 

    Com base neste entendimento, a 13ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio confirmou a sentença que condenou a empresa a pagar R$ 3 mil por danos morais a um passageiro que esqueceu o telefone celular em um dos carros e não conseguiu recuperar o aparelho.  

    Morador de Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio, a vítima havia feito uma corrida até a sua casa e chegou a ligar para o motorista, que, num primeiro momento, se comprometeu a devolver o iPhone 8, 64 GB, Space Gray, mas desligou o aparelho e não apareceu.  

    O passageiro fez o registro na delegacia e foi à sede da empresa, que se limitou a negar o fato, sem providenciar a chamada do condutor, conforme alega a Justiça.

    Na ação judicial movida contra a Uber, a vítima pediu indenização material no valor de R$ 3.999,00 e reparação moral de R$ 20 mil. A sentença da 6ª Vara Cível do Fórum Regional da Barra da Tijuca julgou procedente em parte os pedidos para condenar a empresa a pagar R$ 3 mil por danos morais, além de honorários em 5% do valor da causa. 

    "Inconformada, a Uber apelou, alegando que somente presta serviço de intermediação entre usuários e motoristas parceiros cadastrados na plataforma. Também argumentou não haver comprovação dos fatos", disse o TJRJ.

    Em seu voto, no entanto, o relator do recurso, desembargador Agostinho Teixeira, reafirmou que a plataforma “Uber é parte legítima para figurar no polo passivo (artigo 14, da Lei 8078/90)”. 

    “No mérito, as provas confirmam as alegações. O dano moral está configurado pelos transtornos causados pela impossibilidade de usufruir do bem, além da perda do tempo útil do consumidor”, destacou o magistrado, cujo voto foi acompanhado pelos demais membros da turma julgadora. 

    O desembargador, porém, entendeu por modificar a sentença no tocante aos honorários advocatícios, fixando-os em 20% sobre o valor da condenação. 

    Procurada, a Uber ainda não se pronunciou sobre o caso.

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