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Perigo: ciclistas em risco em ruas da Zona Norte de Niterói

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Ciclistas se arriscam na Zona Norte de Niterói. Foto: Vítor Soares

A falta de conexão entre ciclofaixas e a falta de ciclovias em pontos que ligam a Zona Norte de Niterói ao Centro da cidade é motivo de preocupação para ciclistas do município. De acordo com denúncia feita por eles nesta segunda-feira (18), o grupo corre perigo diariamente ao enfrentar o trânsito de bicicleta.

Para o integrante do Coletivo Pedal Sonoro — que atua desde 2013 na cidade de Niterói, com o objetivo de promover a ciclomobidade —, Luís Araújo, a Região Norte não costuma ser prioridade para os órgãos públicos.

"Apesar do grande número de viagens e a utilização histórica das bicicletas, a Zona Norte parece ficar sempre em segundo plano no tocante às políticas públicas. Um bom exemplo disto é a conexão cicloviária entre a Rua São Lourenço e o Centro, inicialmente prometida para 2015, mas até hoje não foi construída pela prefeitura".

Luíz Araujo, integrante do Coletivo Pedal Sonoro

Para o morador da Ilha da Conceição, João Conca, de 27 anos, a falta de segurança tem feito ele abandonar a bicicleta como meio de locomoção até o trabalho.

"Eu trabalho no Rio, e costumava ir de bicicleta até as barcas , mas com a falta de segurança, tenho abandonado cada vez mais esse hábito. Eu sinto falta de um ciclovia na Ilha da Conceição que ligue até o Centro, principalmente ali entre o Moinho e o Mercado Municipal São Pedro. Isso facilitaria muito para os moradores do Barreto e adjacências, assim como os da Ilha. Além disso, o uso da bicicleta traz benefícios a saúde física, é econômico e rápido".

João Conca, ciclista.

Entre os outros problemas citados pelos ciclistas está a falta de conexão da ciclofaixa da Rua Beijamin Constant, altura do Largo das Barradas, com as demais vias que levem até o Centro.

"A ciclofaixa aqui só pega o trecho entre o mercado atacadista e o Tio Sam. Depois, de qualquer forma, a gente tem que seguir entre os carros, tanto para ir para o Barreto quanto para o Centro", disse o entregador Fábio Ferreira, de 31 anos.

Outras queixas se relacionam com a falta de ciclovias na Alameda São Boaventura e Rua Professor João Brasil, algumas das principias ruas do bairro Fonseca, também na Zona Norte.

“Quando a gente vê acidentes envolvendo ciclistas em Niterói não é à toa: a prefeitura não olha para a Zona Norte. Nós que fazemos uso desse transporte arriscamos nossas vidas todos os dias, fora que os motoristas também não respeitam, aí se a gente passar pela calçada também reclamam... Fica difícil”, disse o morador do Fonseca, Rafael Rodrigues, que trabalha como entregador de aplicativo na região.

Resposta

Procurada, a Coordenadoria Niterói de Bicicleta informou que a expansão da malha cicloviária na Região Norte de Niterói está prevista nas ações da gestão municipal. A previsão é que em novembro seja iniciada a implantação de uma ciclofaixa no Barreto, conectando a infraestrutura existente na rua Benjamin Constant à praça Flávio Palmier.

Para a Avenida João Brasil, a Coordenadoria Niterói de Bicicleta está desenvolvendo um projeto de ciclovia com apoio da Administração Regional do Barreto. A expansão cicloviária na região do Ponto Cem Réis está incluída no projeto de alargamento da Avenida Benjamin Constant e é um dos investimentos previstos no Pacto de Retomada Econômica lançado pela Prefeitura de Niterói, no dia 4 de outubro.

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