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Pesquisa descobre nova variante do HIV no Rio; saiba mais
Estudo foi feito pela UFBA em parceria com a Fiocruz
Uma nova variante do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) foi identificada em três regiões do Brasil, incluindo o estado do Rio. A descoberta foi feita por cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Denominada CRF146_BC, a nova variante é uma Forma Recombinante Circulante (CRF) do HIV-1. A identificação desse vírus oferece novos desafios e perspectivas sobre a disseminação do vírus no país.
O estudo revelou que essa variante foi encontrada em amostras de três estados brasileiros: Rio Grande do Sul, Bahia e Rio de Janeiro, indicando que ela já circula em diferentes regiões do Brasil.
Características da variante
Segundo os pesquisadores, a CRF146_BC é predominantemente composta pelo subtipo C do HIV-1, com uma pequena inserção do subtipo B na região do gene responsável pela produção da integrase, uma enzima vital para o vírus.
Essa nova variante surgiu por meio de um processo de recombinação genética, no qual diferentes subtipos do HIV-1 trocam material genético durante a infecção em uma mesma pessoa.
Mudanças combate ao HIV
Em escala global, o subtipo C do HIV-1 é o mais comum, sendo responsável por quase metade das infecções pelo vírus em todo o mundo. No Brasil, os subtipos B e C juntos representam aproximadamente 81% das infecções.
A descoberta da CRF146_BC mostra a capacidade do HIV de evoluir e se adaptar, o que pode influenciar tanto o tratamento quanto o desenvolvimento de vacinas.
Como foi a descoberta
A pesquisa que identificou a CRF146_BC analisou amostras de sangue de pacientes soropositivos de diferentes regiões do Brasil. No caso do Rio de Janeiro, a variante foi detectada em uma amostra coletada em 2019.
Utilizando técnicas avançadas de sequenciamento de DNA e ferramentas de bioinformática, os cientistas mapearam o genoma do vírus e localizaram os pontos de recombinação genética.
Três pacientes apresentaram estruturas genéticas similares, permitindo que os pesquisadores classificassem essas amostras como parte da nova variante. O estudo foi aprovado pelos comitês de ética da UFBA e do Hospital Universitário Professor Edgard Santos, em Salvador.
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