Desolação
'Respirava Carnaval', diz irmã no enterro do passista da Mangueira
Tancredo Augusto foi arrastado pela força das águas da chuva
"Ele respirava Carnaval. Desfilava todo ano". As frases são de Vânia da Silva Barreto, irmã de Tancredo Augusto de Oliveira Silva, durante o enterro do corpo do passista da Mangueira no Cemitério do Catumbi, Zona Norte do Rio, nesta segunda-feira (3). Ele morreu após ser levado pela enxurrada na última quinta-feira (30).
O corpo de Tancredo foi sepultado sob aplausos e ao som do tambor tocando o hino de exaltação da Mangueira "Todo mundo te conhece ao longe/Pelo som dos seus tamborins/E o rufar do seu tambor/Chegou ô, ô, ô, ô/A Mangueira chegou, ô, ô", que também foi cantado por familiares e amigos do passista que compareceram ao enterro. A escola também se pronunciou nas redes sociais.
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"Ele era muito amado por todo mundo. Meu irmão era um garoto maravilhoso, tinha muito brilho. Ele não merecia isso, mas Deus sabe o que faz", completou Vânia.
Outra irmã do passista e também muito abalada, Michele da Silva, não poupou elogios a Tancredo. "Ele era maravilhoso. As lembranças são só de sucesso e de carinho que ele tinha por nós. A minha saudade vai ser muito grande. Um sentimento de vazio dentro de mim, eu só queria ele aqui. Tá doendo muito a saudade. Ele era um guerreiro, lutou até o fim. Ele foi muito forte", contou.
Tancredo desapareceu na noite da última quinta-feira (30) após ter sido arrastado com a força da água da chuva para dentro do Rio Joana, no bairro Maracanã, Zona Norte do Rio. O passista estava junto com um amigo, que conseguiu ser resgatado com vida.
O corpo do passista foi encontrado somente na manhã deste domingo (2), pelas equipes de buscas do Corpo de Bombeiros, no canal do Rio Joana, nas proximidades da Rua São Cristóvão.
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