Alerta

Rio registra quatro mortes por dengue e mais de 18 mil casos

Os números em Niterói e Maricá são bem menores

O registro atual de casos é o maior desde 2016
O registro atual de casos é o maior desde 2016 |  Foto: Divulgação/Pixabay

Os casos de dengue no município do Rio já é o maior registrado desde 2016. Até a primeira semana de outubro, já foram registrados na cidade 18.120 casos, com quatro mortes, de acordo com o Observatório Epidemiológico do Rio (EpiRio). Em 2016, foram registrados 25.856 casos. Em Niterói e Maricá, a realidade atual é diferente, ou seja, os números de 2023 nas duas cidades são bem inferiores de seis anos atrás. 

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), existe um monitoramento de possíveis focos de dengue pela cidade e incidência da doença. Além disso, um plano de contingência fica ativo durante todo o ano, com um reforço maior durante o verão, dentro do chamado “Plano Verão”.

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“Este ano, até o dia 7 de outubro, foram vistoriados mais de 8,7 milhões de imóveis para controle e prevenção de possíveis focos do Aedes aegypti, com eliminação ou tratamento de mais de 1,7 milhão de recipientes que poderiam servir de criadouro. Em 2022, foram realizadas 10,7 milhões de vistorias, com eliminação ou tratamento de mais de 1,7 milhão de recipientes”, informou a SMS.

Ainda de acordo com a SMS, o local mais afetado do Rio de Janeiro foi a Zona Oeste, com 4.722 casos nos bairros Santíssimo, Campo Grande, Senador Vasconcelos, Inhoaíba, Cosmos, Guaratiba, Barra de Guaratiba, Pedra de Guaratiba e Ilha de Guaratiba. Os bairros de Paciência, Santa Cruz e Sepetiba, na mesma região, registraram 2.332 casos até o momento.

Em maio deste ano, a Secretaria Estadual de Saúde informou que o número de casos de notificações de casos prováveis excedeu as expectativas para este período, mas ainda não atingiu um nível que seria caracterizado como uma epidemia.

Niterói

A Secretaria Municipal de Saúde informou que, em 2023, durante o período de 1º de janeiro até 30 de setembro, a cidade apresentou 49 casos confirmados de dengue e nenhum óbito. Os números são bem inferiores ao ano de 2016, quando também foi registrado o maior pico de casos de dengue, com 3.351.

Também em 2016, Niterói fechou uma parceria com a Fiocruz, no “Projeto Wolbachia”, que começou uma série de redução dos casos de arboviroses. Além disso, a cidade diariamente realiza um trabalho de combate ao mosquito, por meio do Centro de Controle de Zoonoses.

Maricá

Em Maricá, segundo a Secretaria de Saúde do município, foram registrados 50 casos da doença e nenhum óbito. De acordo com o último Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), o município segue apresentando “risco baixo” da doença. Em 2016, foram registrados 107 casos da doença na cidade.

“A Vigilância Ambiental do município segue realizando um trabalho intenso de rotina com ações de prevenção e combate ao mosquito Aedes Aegypti em toda a cidade. Agentes de combate às endemias realizam fiscalização e vistorias das casas em todas as regiões, combatendo possíveis focos do mosquito, além de orientar a população”, disse a Prefeitura em nota. 

A Prefeitura de São Gonçalo não informou os dados do município assim como a Secretaria Estadual de Saúde os números dos municípios fluminenses. 

Ações básicas nas residências

As autoridades de saúde ressaltam as conhecidas ações diárias para evitar os focos do Aedes Aegypti, como o chamado "Dez minutos contra a dengue". Os cuidados principais são:

  1. Eliminar criadouros: O mosquito Aedes aegypti se reproduz em recipientes de água parada. Portanto, é essencial eliminar ou cobrir esses criadouros, como pneus velhos, vasos de plantas, garrafas, calhas e caixas d'água mal vedadas.
  2. Uso de repelentes: Utilize repelentes de mosquitos na pele exposta, especialmente nas áreas com alto índice de infestação do Aedes aegypti.
  3. Vigilância: Esteja atento aos sintomas da dengue, como febre alta, dores no corpo, dor de cabeça e manchas vermelhas na pele. Em caso de suspeita, procure atendimento médico.
  4. Descarte adequado do lixo: Certifique-se de que o lixo seja descartado em recipientes fechados para evitar o acúmulo de água parada.
  5. Manutenção de piscinas e caixas d'água: Mantenha as piscinas limpas e caixas d'água bem vedadas para evitar que o mosquito deposite ovos.

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