Tecnologia
Drones com megafones vão alertar sobre enchentes no Rio
Equipamento faz parte do plano de contingência para chuvas
O governador Claudio Castro (PL), anunciou durante coletiva de imprensa no Palácio Guanabara, nas Laranjeiras, Zona Sul carioca, nesta quarta-feira (15), o plano de contingência para chuvas em 2025. Entre as novidades, estão a adesão das concessionárias nos comitês de crise e o mapeamento das ações mitigatórias e de investimento, além do uso de tecnologia.
Inicialmente, três medidas são destaque no documento: concessionárias de água, luz e energia irão participar ativamente dos comitês de crise; plano de contingência será exercido como um planejamento e mapeamento das ações e de investimentos
“Ano passado, o Estado já havia feito um plano de contingência. Ainda que, eu tenho uma crítica: em muitos desses municípios, esses planos viram só uma folha de papel para cumprir com uma obrigação, na prática são pouco vividos. A minha orientação é que esses planos de contingência sejam reais”, explicou Castro.
Drones e farol de busca
O planejamento inclui o investimento em drones com megafones para avisos sonoros e farol de busca. A compra de 155 viaturas de Defesa Civil e Corpo de Bombeiros.
Além disso, o plano prevê a capacitação durante todo o ano para profissionais de crises. Outro destaque é o investimento em sistemas de sirene e alerta e alarme pluviométrico. O planejamento também prevê que até abril, cerca de 1,5 mil bombeiros atuem diariamente em resgates e salvamentos.
Para atuar em casos de crises de chuvas, enchentes ou demais tragédias, foram contratados 13 veículos de alta tecnologia com sistema 4x4 e facilidade de acesso a terrenos acidentados e alagados.
Os carros também possuem reboque e sistema de transporte de materiais. Todos os materiais serão realocados para cerca de 13 cidades dividas pelo Estado, em diferentes regiões. São elas: Campos dos Goytacazes, Nova Friburgo, Itaperuna, Santa Maria Madalena, Nova Friburgo, Araruama, Petrópolis, Mesquita, Piraí, Barra Mansa, Barra do Piraí, Mangaratiba, Angra dos Reis e Paraty.
A lógica é que os equipamentos cheguem aos pontos de crise dentro de duas horas após o acionamento.
Os polos de comando de crise serão descentralizados para abrigar os maquinários de enfrentamento às chuvas, afirmou o governador.
“E a pergunta: ‘Por que a Capital não está neles? Porque a capital tem locais de sobra para esses maquinários, a maioria está na Capital e na Região Metropolitana. Então há muito menos necessidade de se ter base descentralizada por aqui, porque os serviços de socorro chegam mais rápido.
Investimento em infraestrutura
O planejamento também inclui obras de micro e macro drenagem pluvial, contenção de encostas, projetos de reurbanização, intervenções para adaptar as cidades para mudanças climáticas além da conservação e manutenção de estradas vicinais (vias rurais que ligam cidades pequenas e comunidades a centros urbanos).
Meio ambiente
As ações também devem focar na recuperação ambiental de 800 rios em 88 municípios. O monitoramento de cheias também será intensificado através de sistemas de alerta hidrometereológico.
Serra Resiliente
Outra novidade é a reconstrução do túnel extravasor em Petrópolis. O equipamento realiza a condução das águas do Rio Palatino para o Rio Itamarati, evitando alagamentos no Centro Histórico de Petrópolis.
Conforme o governador Claudio Castro, a previsão de que será finalizado no primeiro trimestre de 2025, é mantida.
Parceria com ONU Habitat
Entre as medidas, também se destaca o programa Rio Inclusivo e Sustentável, que deve receber um investimento estimado em R$ 13 milhões. Neste projeto, 25 municípios foram selecionados como prioritários e serão desenvolvidos.
Entre as ações mitigatórias, o programa Assistência social RJ para todos vai funcionar como uma resposta aos desastres, explicou o governador.
Nesta medida, serão distribuídos cerca de 4 milhões em kits de higiene, limpeza, alimentação e cestas básicas às famílias afetadas.
Já o programa Recomeçar será destinado a mais de 63 mil famílias, com um investimento de 168 milhões, contemplando 28 cidades. O recurso define o dobro em comparação a 2022.
Segundo o governador, outra inovação será o almoxarifado virtual, onde serão disponibilizados e controlados pela Secretaria de Planejamento, tudo o que foi gasto em cada chuva e para cada família que for beneficiada.
“Tudo que o Estado contratar e tudo que o Estado disponibilizar será controlado pela Secretaria de Planejamento para que a gente saiba e tenha a transparência exatamente do que foi gasto em cada localidade, em cada curva, em cada posto, todas as pessoas que vão se beneficiar, todas as pessoas que a gente tem.
Estavam presentes ao lado do governador durante a cerimônia, o secretário da Defesa Civil, Tarciso Antônio; o secretário de Policia Militar, Marcelo de Menezes e o secretário da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.
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