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    Israel e Hamas acertam cessar-fogo após 467 dias de guerra

    Acordo inicial é de seis semanas

    Publicado 15/01/2025 às 15:52 | Autor: Enfoco
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    Os termos incluem a retirada gradual das forças israelenses da Faixa de Gaza
    Os termos incluem a retirada gradual das forças israelenses da Faixa de Gaza |  Foto: Forças Israelenses de Defesa / Divulgação via Reuters

    Israel e o grupo palestino Hamas chegaram nesta quarta-feira (15) a um acordo de cessar-fogo inicial de seis semanas, após 467 dias de guerra. O pacto, mediado por Qatar, Egito e Estados Unidos, inclui a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos. O conflito, o mais longo e mortal da história recente entre os dois lados, causou mais de 46 mil mortes.

    O anúncio foi feito por intermediários às agências de notícias e confirmado pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que destacou a liberação de reféns.

    Segundo o acordo, 98 reféns ainda em poder do Hamas, capturados no ataque de 7 de outubro de 2023, serão trocados por cerca de 1.000 prisioneiros palestinos em Israel. Estima-se que 60 reféns estejam vivos.

    Termos e mediações internacionais

    As negociações foram conduzidas com a participação do Qatar e do Egito, além de representantes dos Estados Unidos, incluindo o negociador americano Brett McGurk e Steve Witkoff, enviado do governo Trump. A troca inicial abrangerá 33 reféns israelenses, incluindo crianças, mulheres e idosos, enquanto os detalhes das próximas fases estão sob análise do gabinete de segurança de Israel.

    Os termos incluem a retirada gradual das forças israelenses da Faixa de Gaza, permitindo que palestinos retornem às áreas evacuadas no norte do território. No entanto, prisioneiros capturados nos ataques de outubro de 2023 não serão soltos, e aqueles condenados por assassinato não poderão ser transferidos para a Cisjordânia.

    Desafios políticos e militares

    O acordo enfrenta resistência de dois membros ultradireitistas do gabinete israelense, que ameaçam uma crise política no governo de Binyamin Netanyahu. O primeiro-ministro também ouviu críticas de familiares de reféns, preocupados com a liberação em etapas e as condições da troca.

    Apesar da trégua, o Hamas exigiu que Israel detalhasse o cronograma de retirada de suas tropas. O acordo também aborda a saída de Israel do corredor fronteiriço Gaza-Egito, que será gradual.

    Perspectivas para a região

    O cessar-fogo abre uma possibilidade de estabilização após meses de destruição. No entanto, há temores de que as trocas de prisioneiros possam ser seguidas por uma retomada da violência. Conflitos regionais, como a escalada entre Israel e Hezbollah no Líbano, também aumentam as incertezas.

    A reconstrução política em Gaza dependerá da unificação de facções palestinas, conforme plano liderado pelos Estados Unidos. Contudo, a oposição interna e externa ao governo Netanyahu e as consequências humanitárias do conflito mantêm o cenário político instável.

    Mesmo com as dúvidas sobre a durabilidade do acordo, o cessar-fogo representa um passo em direção à resolução de uma das maiores crises humanitárias da região.

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