Obras
Risco de falta d'água faz Cedae tomar medidas de emergência
Os trabalhos começam ainda esta semana
Com a falta de chuvas, o nível do Rio Macacu está 16% abaixo da média registrada neste período nos últimos três anos. A informação foi divulgada pela Cedae, nesta quinta-feira (12).
Conforme a concessionária, se mesmo com as atuais obras emergenciais, o nível do rio continuar baixo, existe a possibilidade de se construir uma adutora para trazer água do Rio Guapimirim para o Canal de Imunana, que é formado pela confluência dos rios Macacu e Guapiaçu, no município de Guapimirim.
Procurada pelo ENFOCO, a Cedae enfatiza que não há previsão de interrupção do fornecimento de água.
"No momento, o sistema funciona normalmente, e a Cedae - em conjunto com a secretaria estadual do Ambiente e Sustentabilidade (SEAS), o Inea e as concessionárias que atuam na região - vem tomando medidas para reduzir os possíveis impactos da estiagem. Vale esclarecer também que não existe um reservatório de captação no sistema Imunana-Laranjal: a água é captada diretamente do manancial e em seguida bombeada para o interior da estação Laranjal, onde passa por tratamento", esclarece.
O secretário do Meio Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, reiterou a necessidade de diminuir os prejuízos da estiagem.
"Os dados meteorológicos indicam que a escassez de chuvas vai se estender até outubro. Por isso, estamos atacando o problema de forma emergencial, mas já nos preparando a médio prazo. O importante é manter o abastecimento, para que a população não necessite alterar sua rotina", afirmou Rossi.
No início da semana, a Cedae divulgou um alerta sobre o risco de redução da produção de água por causa do baixo volume de água nos mananciais de captação.
"Estamos atentos aos efeitos das adversidades climáticas e buscando formas de nos anteciparmos aos problemas para reduzir o impacto para a população", disse o presidente da Cedae, Aguinaldo Ballon.
Medidas
Com isso, o Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria do Ambiente e Sustentabilidade (SEAS) e da Cedae, e as concessionárias de saneamento que atendem a região do Leste Metropolitano realizarão obras emergenciais para manter a vazão do Sistema Imunana-Laranjal e minimizar os efeitos da estiagem sobre o abastecimento de água para a população fluminense.
Os trabalhos começam ainda esta semana, com obras de desassoreamento do Canal de Imunana, onde a Cedae faz a captação de água para abastecer cerca de 2 milhões de pessoas.
Durante a reunião, a Secretaria do Ambiente e Sustentabilidade, Inea, Cedae e as concessionárias se comprometeram a fornecer retroescavadeiras para o serviço. Também serão instaladas bombas abaixo da Barragem do Rio Macacu para aumentar o volume disponível para tratamento.
"Não poupamos esforços para nos adaptar às mudanças climáticas. Mantemos diversas ações de prevenção frente à esta nova realidade e estamos prontos para atuar de maneira emergencial, quando necessário, para que os impactos na vida da população sejam minimizados ", reforçou o governador Claudio Castro.
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