Adeus
Velório do 'Tio Paulo' começa vazio na Zona Oeste do Rio
Um familiar era esperado para assinar documentação
Sem familiares ou amigos, o velório do idoso Paulo Roberto Braga, de 68 anos, começou marcado pelo vazio, às 11h da manhã deste sábado (20).
A cerimônia ocorre no Cemitério de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, quatro dias após a repercussão do caso. Segundo a administração, o enterro está previsto para às 11h30.
A reportagem apurou que um familiar era esperado para assinar a documentação do sepultamento.
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Paulo é o idoso que foi levado morto ao banco, pela sobrinha, na tentativa de sacar um empréstimo, na última terça-feira (16).
A defesa de Érica de Souza Vieira Nunes afirma que ele chegou vivo à agência localizada em Bangu, na Zona Oeste do Rio.
Ela foi presa em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver. Uma audiência de custódia converteu a prisão em preventiva.
O caso
A tentativa de saque na agência bancária foi registrada em vídeo. Nas imagens, o idoso está pálido e sem qualquer reação ou reflexo, sentado em uma cadeira de rodas, enquanto Érica pede repetidas vezes que ele assine o empréstimo de R$ 17 mil.
A mulher, que informou à polícia ser cuidadora e sobrinha dele, chega a dizer que ele "era assim mesmo". Os funcionários do banco percebem que o idoso não reage e decidem chamar o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU).
Ao chegar, o médico constatou que o corpo apresentava sinais de que a morte já havia ocorrido há algumas horas. Diante disso, a Polícia Militar foi chamada e Érica foi encaminhada para a 34ª DP (Bangu), onde o caso está sendo investigado.
O corpo do idoso foi examinado no Instituto Médico Legal (IML), a fim de apurar as circunstâncias da morte. Agentes realizam diligências para esclarecer os fatos.
A advogada de Érica, Ana Carla de Souza Correa, afirma que o homem estava vivo quando chegou ao banco, e que sua cliente se encontrava em estado emocional abalado e sob efeito de remédios. Em depoimento à Polícia Civil, Érica disse que foi à agência bancária levada por um motorista de aplicativo.
“É uma senhora idônea, que tem uma filha especial que precisa dela. Sempre cuidou com todo o carinho do Seu Paulo. Tudo será esclarecido e acreditamos na inocência da senhora Érica”, disse a advogada. “Existem testemunhas que no momento oportuno serão ouvidas”.
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