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    Rodoviários e empresários discutem reajuste e possível greve nesta quarta

    Publicado 25/10/2021 às 9:49 | Atualizado em 25/10/2021 às 9:59 | Autor: Enfoco
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    Imagem ilustrativa da imagem Rodoviários e empresários discutem reajuste e possível greve nesta quarta
    |  Foto: Foto: Vítor Soares
    O Sintronac tenta negociar o reajuste salarial dos rodoviários com as empresas de ônibus que, até agora, se mantiveram irredutíveis em dialogar com a categoria. Foto: Vítor Soares

    Representantes do Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac) se reúnem nesta quarta-feira (27), pela manhã, com executivos das empresas de ônibus, na sede da entidade patronal (Setrerj), em uma nova tentativa de se chegar um acordo sobre o reajuste salarial dos trabalhadores, que estão há dois anos com seus vencimentos congelados.

    A partir do resultado das negociações, uma nova assembleia será marcada, seja para referendar uma eventual proposta das companhias, ou para decretar estado de greve, caso os empresários continuem a negar qualquer percentual de aumento.

    A mobilização envolve rodoviários de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e Tanguá. Os trabalhadores decidiram, em uma série de assembleias, entre setembro e o início de outubro, reivindicar: reajuste salarial imediato de 10%; aumento de 20% nas demais cláusulas econômicas do contrato de trabalho; R$ 400,00 para o valor da cesta básica (atualmente é R$ 280,00); comissão de 2% para os motoristas que acumulem a função com a de cobradores; e instalação de cofres nos pontos finais de maior circulação.

    Os empresários, ainda no início de outubro, pediram um tempo aos trabalhadores para tentarem, junto ao Governo do Estado e às prefeituras, algum tipo de ajuda para solucionar a crise no setor de transporte por ônibus e, assim, atenderem as reivindicações dos rodoviários.

    “Vamos saber na quarta-feira se houve resposta a esse pedido de socorro das empresas, mas o fato é que elas tiveram tempo de se adequarem à crise, na medida em que demitiram mais de 3,9 mil rodoviários em nossa base durante a pandemia do coronavírus; entraram no Programa do Benefício Emergencial (BEm), do Governo Federal, que ajudou a compor os salários dos trabalhadores que ficaram; além de reduzirem a frota. Ou seja, elas cortaram seus custos. O que não dá é para a categoria entrar no terceiro ano sem reajuste salarial e com perdas econômicas imensas, causadas pela inflação”, avalia o presidente do Sintronac, Rubens dos Santos Oliveira.

    Desde junho, com mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT), o Sintronac tenta negociar o reajuste salarial dos rodoviários com as empresas de ônibus que, até agora, se mantiveram irredutíveis em dialogar com a categoria. As perdas salariais dos trabalhadores, nos dois anos de vencimentos congelados, calculadas pela variação anual do IPCA, chegam a 14,5%.

    Estado de greve – O estado de greve é um instrumento dos trabalhadores, decidido em assembleia, para alertar governos, patrões e população que, a qualquer momento, a categoria poderá paralisar suas atividades.
     

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