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    Crise

    Rodoviários se reúnem para discutir futuro do transporte em Niterói

    Categoria afirma atraso nos salários e nas cestas básicas

    Publicado 08/08/2022 às 15:04 | Atualizado em 09/08/2022 às 8:23 | Autor: Manuela Carvalho
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    Rodoviários reivindicam melhores condições de trabalho
    Rodoviários reivindicam melhores condições de trabalho |  Foto: Alex Ramos / arquivo

    Um imbróglio entre rodoviários e a prefeitura de Niterói vem gerando apreensão entre passageiros e trabalhadores do setor na cidade. O grupo realiza, nesta terça-feira (9), uma assembleia para discutir os pagamentos de salários e das cestas básicas atrasados há dois meses. A reunião acontecerá na sede do Sindicato dos Rodoviários (Sintronac), no Centro de Niterói. 

    De acordo com a categoria, o grupo da empresa Ingá foi um dos mais atingidos pela crise financeira no transporte público. Por conta disso, em fevereiro, o grupo se reuniu com o Ministério Público do Trabalho (MPT) para negociar a quitação das dívidas. 

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    Neste mesmo período, houve um aumento no custo operacional das companhias, em principal do óleo diesel, o que acabou interferindo nos pagamentos novamente, conforme alega a Sitronac.   

    O presidente da Sitronac, Rubens dos Santos, afirma que, durante a reunião, pretende novamente acionar o MPT, já que, segundo o mesmo, este é um 'quadro grave de violação das leis trabalhistas'. 

    Semana passada, a Secretaria Municipal de Urbanismo e Mobilidade de Niterói determinou que quatro linhas de ônibus da Ingá, que atendem moradores da Zona Norte da cidade, virassem duas. A decisão foi publicada no Diário Oficial e as linhas alteradas foram as 21, 22, 23 e 25.

    Em nota, a Secretaria informou que a unificação faz parte do plano de reorganização das linhas de ônibus da cidade, anunciado em maio, e que o objetivo das mudanças é reduzir o tempo de espera para os usuários, diminuir a sobreposição de linhas e melhorar o fluxo de veículos pela cidade.

    “Não mudou nada. Já mandamos dois ofícios para a Prefeitura, que se recusa a nos receber e discutir o que realmente interessa, que é o colapso no sistema de ônibus na cidade. A Ingá pode parar a qualquer momento. Como poder concedente, a Prefeitura não pode fechar os olhos a essa realidade catastrófica”, afirma o presidente.

    Procurada, a prefeitura de Niterói não retornou sobre os questionamentos. 

    Aumento da passagem

    A passagem dos ônibus de Niterói aumentou R$ 0,40 centavos no mês passado. De R$ 4,05 está sendo cobrado R$ 4,45. A revisão acontece nas tarifas de todas as linhas de ônibus da cidade, segundo autorização da Secretaria Municipal de Urbanismo e Mobilidade de Niterói.

    Conforme a Prefeitura, o índice concedido é inferior à inflação acumulada desde 2019, de 23,82% — período em que não houve reajuste de tarifa em Niterói.

    Frotas reduzidas

    O aumento acontece em meio ao racionamento de viagens de ônibus em Niterói. No final do mês passado, o consórcio Transoceânico fez um corte de 15% da grade de horários de todas as suas linhas. O Transnit também limitou a circulação de alguns veículos.

    A prefeitura, portanto, se limitou a dizer que não aprova a medida. Usuários de ônibus não ficaram satisfeitos com os efeitos desse cenário.

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