Audiência
Corredor morto em São Gonçalo: advogado da família faz alerta
Julgamento do caso deve ser realizado ainda este ano

Após a primeira audiência do caso que investiga a morte do jovem corredor Lucas Celestino, de 27 anos, realizada na segunda-feira (4), o advogado da família, Denilson Santos, fez um duro desabafo e um alerta que vai além do processo judicial, a urgência de uma nova cultura de responsabilidade no trânsito brasileiro.
Lucas, que morreu atropelado enquanto corria pela BR-101, era conhecido por seu comprometimento com o esporte e por manter uma rotina de treinos voltados a competições. O réu do caso é Everton Oliveira, motorista de van acusado de atropelar o atleta e fugir do local sem prestar socorro.
“A morte de Lucas, um corredor que buscava seus sonhos e uma vida saudável, poderia ter sido evitada se o réu tivesse atuado com bom senso e responsabilidade”, afirmou Denilson Santos.
Para o advogado, a morte do jovem escancara um problema que ainda tira milhares de vidas no país, a banalização da imprudência no trânsito.
“Este caso serve de alerta para a importância da responsabilidade civil e criminal. Precisamos, como sociedade, cobrar e praticar respeito às leis. A justiça, ao condenar o réu, reafirmará o valor da vida e a necessidade de respeitar o próximo”, disse.
Segundo dados do Observatório Nacional de Segurança Viária, o Brasil registra mais de 30 mil mortes por ano em acidentes de trânsito, a maioria relacionada a imprudência, excesso de velocidade e negligência.
Durante a audiência realizada na 4ª Vara Criminal da Comarca de São Gonçalo, foram ouvidas as testemunhas de acusação, incluindo o delegado responsável pelo inquérito, o investigador da DHNSG, além de profissionais envolvidos em reparos feitos na van após o acidente, como a troca do farol, do capô e do para-brisa.
A próxima audiência está marcada para o dia 15 de setembro de 2025, quando devem ser ouvidas as testemunhas de defesa. A expectativa é que o julgamento caminhe para a fase final ainda este ano.


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