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Troca de socos durante assembleia dos rodoviários em Niterói

Imagem ilustrativa da imagem Troca de socos durante assembleia dos rodoviários em Niterói
Primeiro turno da assembleia foi marcado por tumulto. Foto: Marcelo Tavares

Tumulto, bate boca e troca de socos marcaram a segunda assembleia dos rodoviários, que aconteceu na manhã desta sexta-feira (12), na sede social do Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac), no Sapê, em Niterói. A confusão aconteceu após parte da categoria acatar uma nova proposta de 6% de reajuste salarial. 

Segundo o presidente do Sintronac, Rubens dos Santos Oliveira, na última assembleia a proposta era de aumento de 4% dividido em duas vezes e reajuste de 20% na cesta básica, sem reajuste de uniforme e horário de refeição, mas a proposta foi rejeitada. Com isso, a classe patronal enviou, na tarde desta quinta-feira (11), uma contraproposta para o sindicato. 

A nova proposta visa o aumento da cesta básica para o valor de R$ 400 a contar a partir do dia 1° novembro deste ano, mantendo desconto de 20% na folha, aumento da ajuda de custo dos uniformes no percentual de 10%, reajuste salarial de 6% pago de forma parcelada, sendo 3% no dia 1º de novembro deste ano, e os outros 3% restante no dia 1º de julho de 2022. 

"Ficamos aguardando a contraproposta dos empresários e 157 rodoviários aceitaram durante a votação. Agora vamos somar esses votos com os votos da próxima assembleia, que irá acontecer à tarde, para aí sim definir se a contraproposta será aceita pela categoria". 

Rubens dos Santos Oliveira, presidente do Sintronac

Ao todo, no primeiro turno de assembleia, 306 rodoviários votaram. Foram 157 votos a favor e 149 contra. Por conta do tumulto, os organizadores tiveram que contar duas vezes os votos. Após os resultados, uma confusão generalizada finalizou a votação. Um dos rodoviários teve que ser retirado do local por seguranças. 

O rodoviário Antônio Ouverney, que votou contra, foi um dos agredidos durante a confusão. 

“Acredito que o fato do companheiro ter me agredido tenha sido pelo desespero, porque ele sabe que está ruim para ele... Nós queremos um salário digno. Queremos que sejam respeitados os direitos trabalhistas”, disse. 

Apesar do estado de greve, segundo Rubens, isso não afeta a população, já que para a realização precisa seguir normas. 

“O estado de greve é uma forma de pressionar para ter uma rapidez nas negociações. Se a proposta fosse rejeitada, certamente a gente iria ter que decretar a paralisação, mas ainda que ela fosse aprovada, teria um processo a ser cumprido. Não teremos uma greve abusiva, se for o caso de decretar, faremos da forma correta”, concluiu. 

A próxima assembleia está marcada para às 15h. 

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