Cidades

Vídeo: jacaré de quase dois metros 'passeia' pela Trindade, em São Gonçalo

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Jacaré estava em rua no bairro Trindade, em São Gonçalo. Vídeo: Reprodução/Redes Sociais

A saída para o trabalho do comerciante Roberto Pereira da Silva, de 50 anos, morador do bairro Trindade, em São Gonçalo, foi diferente durante a manhã desta quarta-feira (29). Isso porque ele encontrou, debaixo do carro, um jacaré de aproximadamente dois metros.

O caso aconteceu na Rua Barbacena, por volta de 6h. O vídeo, que mostra o comerciante 'sentado' em cima do animal, ganhou repercussão nas redes sociais. O comerciante, que também é conhecido como 'Beto', contou que ao sair com o veículo ouviu um barulho estranho e foi ver o que era.

"Quando olhei para o lado vi aquele bicho enorme. Na mesma hora eu saí do carro, e fui fazer o vídeo, porque ele já estava tentando entrar na casa do vizinho", contou.

De acordo com o comerciante, foram apenas alguns minutos para pensar no que poderia ser feito.

"Eu não ia matar de maneira nenhuma, mas também não poderia deixá-lo solto na rua, pois corria o risco de morder alguma criança. Foi quando eu peguei um pano e joguei nele! Depois eu pulei em cima dele e pedi para que os bombeiros fossem acionados. Acabou que eu mesmo liguei e informei qual era a situação. Graças a Deus deu tudo certo e o bichinho ficará bem", afirmou.

A dona de casa Maria Emília Araújo, 49 anos, contou que apesar de haver um rio a poucos metros do local que o jacaré foi encontrado, ainda não havia visto nenhum animal como esse.

"Eu moro aqui há 35 anos e fiquei sem acreditar no que estava vendo. Sabemos que esses animais só atacam quando se sentem ameaçados, mas a gente fica com medo. Eu fiquei apavorada quando o vi o tamanho dele", relatou.

O resgate foi feito por militares do Corpo de Bombeiros do quartel de São Gonçalo, que levaram o jacaré para a Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim.

O biólogo Mário Moscatelli, bacharel em Ecologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), destacou que animais como esse conseguem sobreviver em ambientes poluídos.

"Eles saem do seu ambiente natural por conta da busca pela comida, visto que, muitas vezes devido a degradação imposta pelo homem ao seu ecossistema, o animal não encontra mais alimento disponível. Uma triste situação que é vista também na cidade do Rio de Janeiro", afirmou o especialista.

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